width=”177″] tsukemono é um dos alimentos mais antigos do mundo.
Os registros referentes ao tsukemono já apareciam em muitas obras que vão da Era Nara à Era Heian
Conserva de vegetais, verduras ou legumes, o tsukemono é um acompanhamento, mas pode ser consumido como petisco junto com bebidas alcoólicas, ou com chá, e pode ser um dos pratos principais ao lado do arroz. A maioria leva meses – ou até anos – para ser preparado.
Um pouco da história do tsukemono
Pode-se dizer que essa conserva, que pode facilmente ser preparada com sal, é um dos alimentos processados mais antigos do mundo. Os registros referentes ao tsukemono aparecem em obras que vão da Era Nara (séc. VIII) à Era Heian (sécs. VIII a XII). Após o século XII, a forma de preparo consolidou-se, e os ingredientes foram diversificados.
Na Era Muromachi (sécs. XIV a XVI), as técnicas desenvolveram-se ainda mais e, na Era Edo (sécs. XVII a XIX), surgiu o nukazuke (à base de farelo de arroz). Nessa época, o tsukemono sofreu variações, incluindo em seu
preparo saquê, missô, shoyu ou vinagre, dando origem ao missozuke (à base de missô), kasuzuke (à base de resíduos da fermentação do saquê).
O takuan (o mais popular tsukemono, de nabo) surgiu também no mesmo período e teria recebido o nome por ter sido preparado pela primeira vez pelo monge Takuan. Assim, definiu-se a forma da refeição típica dos japoneses, que combina arroz, missoshiru, tsukemono e mais um prato.
Pensa-se que o tsukemono seja um alimento surgido espontaneamente. O Japão, que não possui sal extraído das rochas, descobriu essa substância ao consumir o peixe fresco com a água do mar e também ao observar o sal que se formava na superfície, quando se grelhava os frutos do mar.
Os peixes deixados à beira da praia tornavam-se saborosos alimentos desidratados, por causa da água do mar que continham. E logo descobriram que as verduras ganhavam mais sabor quando guardadas salgadas, além de se conservarem por mais tempo.