Arroz, peixe, legumes, algas e soja. Está comprovado pelas pesquisas que essa dieta saborosa e muito simples pode proporcionar uma vida longa e mais saudável. Alimentos ricos em nutrientes são a base da alimentação dos japoneses há centenas de anos, e por esse motivo, o Japão é atualmente um dos países recordistas em expectativa de vida.
Os habitantes do Japão vivem, em média, 81,1 anos (homens 77,6 e mulheres 84,6), segundo o Ministério da Saúde do Japão. E também é um dos países com o maior número de centenários. São 17.934 em uma população de 120 milhões, a maior parte deles em Okinawa, ilha ao Sul do Japão. Em 2020, o Japão será o país com o maior número de idosos no mundo (31% da população), segundo a Organização Mundial de Saúde.
Em Okinawa, o principal fator que contribui para a vida longa é a dieta, que consiste em vegetais, frutas, peixe, frutos do mar, tudo com moderação. Os idosos okinawanos consomem menos da metade dos níveis de sal e açúcar que costumam ser ingeridos no restante do país, comem duas vezes mais peixe e três vezes mais vegetais. Okinawa também é a província do Japão onde mais se consomem algas, tofu (queijo de soja) e nattô (soja fermentada).
Comer menos para viver mais já está enraizado na tradição japonesa, aliando também uma dieta composta basicamente de peixe e frutos do mar, arroz, legumes, verduras, derivados de soja e algas marinhas. Existe até um ditado milenar japonês: “hara hachi bu” (“oito décimos da barriga”), que é uma recomendação para parar de comer quando sentir que faltam 20% para a barriga encher. A comunicação do estômago com o cérebro é demorada, e quando nos sentimos satisfeitos, na verdade, ingerimos 20% a mais do que o necessário.
FOTOS: Arquivo – Made in Japan