Mudança interior e de comportamento por meio das artes marciais.

…..O Japão é um país de tradição belicosa. Durante séculos, houve conflitos de diversas escalas configuraram mente e espírito deste povo. Desde a formação do império, as tentativas de invasão mongol e a era das guerras civis (Sengoku Jidai), os japoneses sempre tiveram a consciência de que seu país era pequeno e limitado em termos de recursos naturais. Quase insignificante perto de potências estrangeiras, tal como a imensa China continental. Essa noção de inferioridade territorial possivelmente fez com que percebessem que sem o mais árduo esforço em desenvolvimento, poderiam ser dominados a qualquer momento.

 

Yabusame – belíssima tradição guerreira

 

…..Uma vez que os recursos disponíveis são limitados, é necessário um grande cuidado no seu uso e uma extrema especialização daqueles que estão envolvidos nas principais atividades de produção. Uma metodologia muito desenvolvida é requerida para produzir e passar os conhecimentos adiante.

…..Os japoneses são conhecidos no mundo todo por duas características principais: serem muito metódicos e decididos. Método e decisão são elementos básicos de processos administrativos que visam contemplar e desmantelar um problema para, através da criatividade e/ou esgotamento de possibilidades, alcançar uma solução. Reflexo da necessidade de analisar muito bem os pormenores para não desperdiçar recursos valiosos. Já o elemento decisão tem a ver com a certeza de que está no caminho certo, após muito ponderar. Posso afirmar que é um reflexo tanto disso quando da objetividade marcial inata deles, que segundo princípios elementares, um ataque hesitante, sem uma absoluta certeza pode falhar. Uma vez decidido, um japonês iria até o fim. Quem nunca ouviu falar que um japonês é “oito ou oitenta”?

…..Essa capacidade de síntese entre método e decisão, além de trabalho árduo levou seu país ao status de 2ª maior economia do mundo poucas décadas após uma destrutiva guerra. Mas qual é a origem de tal pensamento metódico e dessa sede de aperfeiçoamento?

…..Os treinamentos marciais japoneses levam em consideração tais elementos e por conseqüência, tornam-se ferramentas para o desenvolvimento espiritual do guerreiro/lutador/praticante. Abro um parêntese aqui para esclarecer sobre o emprego do termo “espiritual”: diferente do pensamento ocidental, onde espiritualidade está fortemente conectada com religiosidade, aqui o emprego da palavra se refere ao domínio da mente sobre as necessidades do corpo, utilizando-se da força de vontade interior para extrapolar limites físicos e disciplinar aspectos considerados negativos da personalidade humana, como preguiça, falta de perseverança e agressividade. Diz se que treinar o espírito é treinar a vontade de vencer.

 

Treino de Aikido

…..Ao se tornar cada vez mais experiente em sua tarefa, os detalhes técnicos são amplamente estudados em sua forma mais básica, possibilitando ao corpo reagir com posturas e movimentos considerados corretos pela teoria da arte em questão. A partir desse ponto é que possivelmente perceber que a evolução é diretamente proporcional ao esforço investido no planejamento técnico e físico do treinamento. E sem dúvida, algo muda na mente deste praticante maduro.

…..Tornando-se graduado em sua arte, é possível perceber que existe uma forte confiança em sua força e sua técnica, que o leva reflexões cada vez mais profundas a respeito da natureza do conflito, da agressão e da defesa pessoal.

…..A violência e uma eventual fatalidade são consideradas contraproducentes. É interessante que, através do treinamento de técnicas violentas percebemos que é lamentável que uma situação vá até o ponto onde elas sejam necessárias. Parece que, somente onde falha a diplomacia é que o uso da força militar será necessária. E a falha da diplomacia é a falha do próprio treinamento, tanto valorizado.

…..Eis aqui o ponto onde podemos introduzir a noção de “caminho”. JuDO, Aikido, Karate-DO, KenDO. Todas essas artes carregam o sufixo que indica que são mais do que uma mera prática marcial voltada para o conflito. Suponho que uma boa adaptação do termo “caminho” (道) seria “vivência” , pois a despeito de formulações históricas, tais artes podem ser consideradas meios de desenvolvimento físico e mental, onde o praticante está conectado a uma série de conceitos morais, éticos, filosóficos e até mesmo religiosos, que influenciariam seu modo de ser e pensar, pela vivência segundo tais princípios.

O Objetivo do Aikido é disciplinar o caráter humano pela aplicação dos princípios da espada japonesa.

O propósito de se praticar Aikido é:

Moldar a mente e o corpo,

Para cultivar um espírito vigoroso,

E pelo treinamento rígido e correto,

Lutar para desenvolver-se na arte do Aikido,

Obter respeito à cortesia e à honra,

Para relacionar-se com os outros com sinceridade,

E para sempre ter como objetivo o auto-aperfeiçoamento.

Dessa maneira será possível uma pessoa amar seu país e sociedade, contribuir para o desenvolvimento da cultura e promover a paz e prosperidade entre todos os povos.

…..Porém, muitos praticantes de artes marciais acabam por se tornar “mestres de si mesmos” ao se tornarem “teóricos marciais”, com conhecimento e discurso daquele que se considera esclarecido nesta complexa vivência, mas sem a carga de treinamento necessária para a real compreensão daquilo que se está falando. Mesmo o espírito estando aparentemente polido, o corpo pode não estar talhado suficiente para que haja real compreensão daquilo que a arte propõe. Estaria próximo da hipocrisia: muito se fala por discursos prontos e frases de efeito, pouco se faz ou se mostra.

…..Mesmo assim, é possível detectar uma mudança de comportamento no praticante de artes marciais, um tanto independente de qual seja. Fazer uma pessoa viver de acordo com princípios éticos, morais e afins geralmente foi papel da educação familiar, amparada pela orientação religiosa. E a possível falta destes valores na sociedade atual talvez se tenha criado um novo nicho para a arte marcial: a doutrinação espiritual.

 

Mokuso – meditação

…..Todo praticante de arte marcial conhece alguém que pode ser considerado um fanático em sua arte. Aquele colega considerado “bitolado”, não necessariamente talentoso, que vive e respira os conceitos da arte e os exterioriza sempre que pode para aqueles que tem paciência para ouvi-lo. O treino torna-se o centro de sua suposta recém adquirida moral e seu instrutor se torna o ídolo máximo – geralmente considerado invencível. Percebe-se um paralelo muito claro em relação ao fanatismo religioso.

…..Geralmente, esta mudança pode ser considerada positiva (explico a seguir) mas aconselho para ter cuidado para não se envolver com charlatães. Falsos mestres se aproveitam de pessoas leigas em cultura oriental e na estrutura federativa das modalidades marciais para extorquir dinheiro.

…..Mas retornando aos efeitos psicológicos negativos do treino levado exageradamente a sério: o praticante começa a se sentir superior e mais esclarecido do que qualquer outra pessoa ao discutir os aspectos marciais de sua arte ou de outras modalidades. Essa arrogância pode levá-lo a tratar mal novatos e pessoas leigas que se atrevem a ter uma opinião, além de possuir um sentimento falso de que é “digno” suficiente para treinar, e se acha no direito de julgar a motivação de outras pessoas em relação ao treinamento. Em casos extremos, torna-se um indivíduo alienado e violento, ansioso por testar suas habilidades, sozinho ou em grupo, possivelmente em pessoas leigas e fisicamente menos privilegiadas.

…..Mas nem tudo é exaltado pelo ego ou por fanatismo. Por outro lado, existe o preenchimento de valores que até então poderiam estar ausentes de prática, percebidos como virtudes necessárias para o desenvolvimento do bom praticante de artes marciais. E este é o ponto onde o valor do treinamento é justificado no discurso de grandes mestres e veteranos de prática.

…..Existe um estado de comparação entre a prática marcial séria e o cotidiano pessoal e profissional. Situações e atividades simples são desenvolvidas com mais cuidados, mais atenção, concentração e observação. Decisões envolvendo pessoas começam a ser mais bem planejadas, através de estratégia tanto de conduta do tratamento aos indivíduos quanto dos benefícios e ganhos como consequência. Essa mudança de postura do praticante é creditada à arte marcial, que através do treinamento esclarece a necessidade da cortesia e educação – graças à presença de um instrutor orientador e colegas parceiros de treino é que a evolução do aprendizado se torna possível. Sozinho, treinando golpes a esmo, nem sempre.

…..Dessa forma, é comum que as pessoas mais próximas do praticante de artes marciais percebam sutis mudanças em seu comportamento. Tal qual um iniciado em alguma doutrina religiosa, suas ações e palavras denunciam que ele abraçou uma nova postura em relação a vida. E muitas vezes, não faltam comentários ou brincadeiras de amigos e familiares utilizando o termo “lavagem cerebral”.

…..O fato é que, uma vez que pessoa abraça com profunda sinceridade este modo de vida, algo que lhe faltava, principalmente em termos espirituais (aqui, uma pequena licença para estabelecer um paralelo religioso) torna-a mais completa. Uma religião que mostra ao convertido uma forma de pensar e ver o mundo de forma construtiva e saudável para corpo e mente. Além do mais, existem alguns “ritos cerimoniais” e formalidades da cultura oriental que realmente parecem ter apelo religioso, como reverência a fotos de mestres falecidos, altares xintoístas ou cartazes escritos em kanji.

 

Tou-rei: reverência à espada

…..Qual é conclusão que pode ser oferecida? É interessante manter a mente flexível em relação a opiniões políticas e humanas de forma geral. Certo e errado podem ser muito relativos, por isso é preferível pensar em termos de “positivo” e “negativo”. Se o praticante se torna obsessivo em relação à prática, existem conseqüências naturais que ele deve encarar e não são necessariamente boas ou más. O fanatismo é considerado extremista por estar longe de um centro mais equilibrado. Por exemplo: negligenciar a vida profissional e social constantemente em função de treinamentos definitivamente não agrega nada, pois exclui o praticante da oportunidade de por em prática seus valorosos conceitos morais ao auxiliar as pessoas e fazer parte de algo maior.

…..Por isso, é interessante hoje em dia que haja a busca pelo equilíbrio entre as todas obrigações, sem exageros e sem negligências. Afinal, atuamos em diversas frentes no mundo moderno: somos profissionais em alguma área, estudantes, somos filhos, somos maridos, esposas, amigos e seres que buscam um propósito e um lugar no mundo. Foi-se o tempo em que a dedicação máxima, do custe o que custar, no desempenhar de uma função era considerado correto e valorizado. Dar a vida pela causa poderia ser nobre, mas é impraticável num mundo onde não podemos nos dar ao luxo de sermos egoístas e acreditar que nossa existência e a responsabilidade sobre ela estão apenas em nossas mãos. Vamos ser mais livres…

Dois textos importantes para um verdadeiro artista marcial

Se todos os alunos que pisam nos dojos praticassem estes princípios de perseverança e dedicação teriam muito menos dificuldades.  Na verdade não só no dojo, mas na vida. Infelizmente não ocorre assim na maioria das vezes.  É mais fácil ter pena de si mesmo ou reclamar dos outros.  Será?

A Vantagem de um Longo Treino

A vantagem de um longo treino e de uma escrupulosa concentração no futuro: na hora das realizações estabelece-se um estado sonambúlico intermediário entre o fazer e o deixar fazer, entre o agir e o ser objecto de ação. Isso requer tanto menos atenção quanto é certo que, a maior parte das vezes, a realidade exige de nós muito menos do que imaginamos e, assim, encontramo-nos um pouco na situação do homem que, armado até aos dentes, ao travar uma luta, não tem necessidade, para vencer, senão de manejar ligeiramente uma única peça do seu arsenal. Com efeito, quem liga importância a si mesmo exercita-se no que é mais difícil para se tornar cada vez mais destro no que é fácil e poder ter a satisfação de triunfar, usando dos meios mais delicados e discretos. Ele repele, aliás, os expedientes grosseiros e selvagens, não se resolvendo a usá-los senão em casos de força maior.

Thomas Mann, in “As Confissões de Félix Krull”

Tudo Está ao Nosso Alcance

A vida traz a cada um a sua tarefa e, seja qual for a ocupação escolhida, álgebra, pintura, arquitectura, poesia, comércio, política — todas estão ao nosso alcance, até mesmo na realização de miraculosos triunfos, tudo na dependência da selecção daquilo para que temos aptidão: comece pelo começo, prossiga na ordem certa, passo a passo. É tão fácil retorcer âncoras de ferro e talhar canhões como entrelaçar palha, tão fácil ferver granito como ferver água, se você fizer tudo na ordem correcta. Onde quer que haja insucesso é porque houve titubeio, houve alguma superstição sobre a sorte, algum passo omitido, que a natureza jamais perdoa. Condições felizes de vida podem ser obtidas nos mesmos termos. A atracção que elas suscitam é a promessa de que estão ao nosso alcance. As nossas preces são profetas. É preciso fidelidade; é preciso adesão firme. Quão respeitável é a vida que se aferra aos seus objectivos! As aspirações juvenis são coisas belas, as suas teorias e planos de vida são legítimos e recomendáveis: mas você será fiel a eles? Nem um homem sequer, receio eu, naquele pátio repleto de gente, ou não mais que um em mil. E, se tentar cobrar deles a traição cometida, e os faz relembrar de suas altas resoluções, eles já não se recordam dos votos que fizeram. […] A corrida é longa, e o ideal, legítimo, mas os homens são inconstantes e incertos. O herói é aquele imovelmente centrado. A principal diferença entre as pessoas parece ser a de que um homem é capaz de se sujeitar a obrigações das quais podemos depender — é obrigável; e outro não é. Como não tem a lei dentro de si, não há nada que o prenda.

Ralph Waldo Emerson, in “Considerations by the Way”

Para fechar:

3 provérbios antigos:

“A inação entorpece qualquer faculdade”
“Todas as vitórias são frutos da perseverança”
“Sem firmeza e tenacidade, a teoria de qualquer projeto jamais deixará de ser apenas uma teoria”


1o o processo, não o produto

O processo é tão importante quanto as metas

O mundo moderno vem supervalorizando as metas. Todas as nossas ações são orientadas para o resultado, seja na vida profissional ou na pessoal. O problema de levar a vida dessa forma é que a meta é apenas um pequeno momento, que é atingida geralmente após um longo processo.

Se só ficamos felizes quando atingimos nossas metas, então seremos felizes por muito pouco tempo relativamente falando.

Um modo mais sábio de encarar a vida é valorizar o processo. Perder 10 quilos é uma meta louvável: fez bem para a saúde, para a beleza, para a autoestima etc. Só que isso não ocorre da noite para o dia. Para perder 10 quilos, é preciso perder um quilo antes. Quinhentos gramas antes. Um grama antes.

Cada ponto do processo deve ser aproveitado. Dele devem-se extrair lições, assim como quando se atinge a meta. O ponto final, na verdade, deve ser apenas mais um, o que fecha o processo. Mas ele é tão importante quanto os outros.

Não existe um caminho para a felicidade, para a realização. A felicidade é o próprio caminho.

Treinamento de Armas no Aikido Aikikai: Necessário?

Entrevista com Christian Tissier

Você considera o trabalho de armas parte integrante da prática do Aikido?

Fundamentalmente, não. Mas eu vou desenvolver o meu ponto de vista.

A organização Aikikai, como você sabe, não tem curso de armas e ponto final. Tem alguns bokkens se alguém quiser fazer alguns suburis, mas não é bom fazer muito e, sobretudo evitar fazê-lo em duplas.
Mas eu sempre fui muito interessado pelo espírito do ken, deste jeito de ir direto à ação especifica do kenjutsu, não circular. Eu tive a sorte de ser formado em kenjutsu pelo Inaba sensei no Shiseikan.

Mas eu não considero, que seja indispensável treinar armas, para treinar Aikido. É interessante usar o treino de armas, como um suporte lúdico, que desenvolve outra distância. Mas podemos dizer também que o boxe ou modalidades que usam chute e socos, são suportes que podem trazer algo que interesse neste sentido, mas não é a essência do Aikido.

Eu ensino sempre o ken nos seminários de uma semana por que interessa a muitas pessoas, mas é um ‘plus’, não é o essencial. Eu não sou contra aqueles que desenvolvem sistemas de armas, mas, Aikido é Aikido. As armas podem fazer parte, mas podemos ter alguém que nunca tenha treinado armas e que pratica um Aikido correto com as mesmas.

Entrevista com Tamura Sensei Aikido e buki-waza

A prática de armas é indispensável no Aikido?

O Aikido nasceu da prática de armas, o tai-jutsu e os buki-waza são apenas um. Se alguém se gradua no trabalho das mãos vazias, ele utilizará as armas corretamente também. E vice-versa. Mas é muito raro isto nos acontecer nos dias de hoje. Da mesma forma que algumas pessoas praticam bem na posição de pé, mas não o fazem com a mesma qualidade no suwari wasa, algumas pessoas parecem praticar bem com as mãos vazias mas revelam seus limites com uma espada na mão.

Sobre o mesmo assunto um trecho de uma entrevista com Shimizu sensei:

É importante o trabalho de armas no Aikido?

Eu não creio que seja. Hoje existe cada vez mais professores que ensinam o Ken, mas no tempo de O sensei, ele ficava zangado se nós praticávamos muito com a espada. Ele dizia:” O Aikido é o taijutsu, então estudem profundamente o taijutsu”. No treinamento é bom variar as situações de ataques, e neste sentido é útil trabalhar contra os ataques de Ken, Jô e Tanto. Mas o trabalho de espada contra espada não me parece necessário. As pessoas que querem praticar isso podem praticar o Kendo.

Hoje as pessoas falam de Aikiken, Aikijo, e aí reina uma grande confusão sobre o que é Aikido. A essência do Aikido é o taijutsu, é necessário manter este espírito. Mas podemos utilizar a espada para aprender o riai* e os os princípios.

Fisicamente e é mais confortável praticar o bokken ou a espada. Não se finaliza, nem projeta nem imobiliza. (Risadas)

*Riai é a harmonia dos princípios. Riai refere-se aos princípios mútuos dos movimentos encontrados no treinamento tradicional de Aikido. O movimento do corpo, dos quadris, das mãos e o kamae estão conectadas um ao outro.

A compreensão do Básico

Uma deficiência comum no treinamento de hoje é a falta da prática dos Atemi, ou ataques em pontos vitais. Os Atemi são usados para enfraquecer ou neutralizar um ataque do oponente  para criar-se assim uma situação favorável na qual pode-se   executar uma técnica. Em muitas situações é virtualmente  impossível desequilibrar um oponente forte, suficientemente para aplicar uma técnica sem recorrer-se ao Atemi. Aqueles que afirmam que o uso de tais ataques (executados com o intuito de  tirar atenção do oponente do objetivo principal da técnica) é   muito violento ou “não é Aikido” ignoram os conceitos do Aikido  ensinados pelo fundador que dava grande ênfase sobre a   necessidade de tais movimentos durante o treinamento. Os Atemi   são uma parte essencial das técnicas básicas e também avançadas,   e não devem ser omitidos de sua prática.

O fundador sempre iniciava as sessões práticas com os exercícios  de Tai no Henko e Morote Tori Kokyo Ho. Ele terminava cada  prática com o treinamento de Suwari Waza Kokyu Ho. Os exercícios   de Tai no Henko constituem a base dos movimentos Ura, ou   movimentos girando, e os dois Kokyu Ho, ou métodos de respirar,   ensinam como respirar corretamente, a coordenação apropriada do   corpo e como estender o Ki intensamente.

No treinamento do Aikido nós abrimos nossos dedos para estender o Ki através dos braços.

Abrir os dedos é uma forma de aprender as técnicas básicas, um treinamento que permitirá a você executá-las sem usar qualquer    força. Abrindo os dedos quando seu pulso é subitamente agarrado torna-o mais grosso, e dá à você uma vantagem. Para aqueles  aprendendo defesa pessoal é dito para abrirem seus dedos quando  agarrados porque o braço torna-se difícil de segurar.

O Ki é algo adquirido naturalmente através da correta prática  dos fundamentos básicos.

Se você se preocupar de mais com o Ki, você será incapaz de  mover-se. O Ki se manifestará por si mesmo naturalmente se você   estiver treinando corretamente. Uma vez que você tenha  desenvolvido o Ki, este fluirá livremente através de suas mãos  mesmo quando seus dedos estiverem relaxados.

O fundador considerava as técnicas de Ikkyo até Sankyo como    sendo movimentos preparatórios ao Aikido. No Ikkyo você treina   seu corpo; no Nikyo você Dobra seu pulso para dentro estimulando  e fortalecendo as juntas; no Sankyo você move seu pulso para  fora na direção oposta. Através da prática destas técnicas, você  desenvolve um corpo capaz de derrotar um inimigo com um único golpe. Estas técnicas básicas são sua preparação, e o   treinamento nas técnicas do Aikido começa através delas.

Outra parte essencial do treinamento dos fundamentos do Aikido é  o domínio da entrada e dos movimentos de giro. Se você decide  avançar, você deve avançar totalmente. Se você decide girar para   trás deve fazê-lo completamente. É difícil avançar depois de  desviar um golpe, a menos que você possua uma vantagem em força.   Portanto, gire sempre que necessário, como quando estiver em uma   situação onde você seja incapaz de bloquear.

A prática de técnicas girando é também necessária para se   aprender como mover-se livremente.

Recentemente, o Termo “Takemusu Aiki” tem sido usado bastante livremente, porém parece que poucas pessoas compreendem seu     significado. Takemusu Aiki refere-se à um estado onde técnicas   nascem infinitamente como resultado do estudo dos princípios do  Aikido.

No treinamento do Aikido – que inclui técnicas de mãos vazias,    Aiki Ken e Jô – é importante fazer claras distinções. Estas   incluem as distinções entre Ikkyo e Nikyo, Omote e Ura, técnicas  básicas e Ki no Nagare, e técnicas aplicadas (Oyowaza). Em uma  recente viagem à Itália, experimentei executar tantas técnicas  quanto podia. Concentrando-me apenas sobre as técnicas básicas, Ki no Nagare, variações e técnicas aplicadas, acabei por   realizar mais de 4 centenas de técnicas, e estou certo de que onúmero teria subido para mais de 6 centenas caso tivesse   incluído técnicas partindo da posição sentada, Hanmi Handachi    (Atacante em pé, defensor sentado), e técnicas de contra-ataque.

Não importa quão esplendidamente as pessoas escrevam sobre  Takemusu Aikido, eles devem ser capazes de executar estas  maravilhosas técnicas por si mesmos, se eles estão sendo   considerados como professores. Se vocês continuam à praticar    assiduamente de acordo com o método tradicional, alcançarão o    estágio onde serão capazes de executar um número infinito de    técnicas desde as básicas até as mais avançadas.

Keiko

A mente e a filosofia de Matsuo Haruna

Como artista marcial (pelo menos um jovem artista marcial), como pessoa que acredita e pratica o Budo, acredito ser muito importante o estudo da história e das origens da arte escolhida, e também das outras artes. Para mim, conhecer o máximo possível sobre quem, onde, por que e como em relação às raízes de uma arte marcial é crucial para a completa compreensão dela, o que eu creio que dá à prática um significado mais profundo e completo. O estudo da história das artes marciais permite que se pegue o que é antigo e o aplique ao que é novo; compreender o antigo – às vezes ancestral – princípio de nosso estudo nos dá a habilidade de encontrar uma razão para nosso treino de hoje. A sociedade, a época e as armas podem variar, mas os princípios do antigo permanecem os mesmos, como as raízes de uma árvore, afetando e influenciando a humanidade em um nível abaixo da superfície.

Acredito que o estudo de sua história também é uma forma de homenagem e respeito às pessoas que são os pioneiros destas artes. Todas as formas e estilos de combate começaram com estes indivíduos colocando totalmente suas energias criativas e suas vidas no desenvolvimento de uma forma física, mental, e espiritual de autodefesa. Mesmo que nenhum verdadeiro artista marcial ou sensei aceite esta forma de “adoração”, é a estes homens e mulheres que devemos nossas práticas.
Dito isso, decidi devotar este artigo a outro indivíduo que, do meu ponto de vista, serviu como inspiração e fonte de direcionamento para muitos Iaidoka. O que eu descobri sobre este homem é o que eu acho que deve ser compartilhado. Suas realizações e sua atitude em relação a keiko é algo que todos podemos usar como aprendizado. Este homem é Matsuo Haruna Sensei.
Uma das coisas mais impressionantes que descobri sobre Haruna sensei é que ele começou a treinar já com idade avançada. Ele nasceu em 1925, mas ó começou a treinar iaido em 1972 – com 46 anos de idade. É uma idade em que as pessoas acham que são muito velhas para começarem qualquer coisa, quanto mais começar a treinar uma arte marcial! Mas Haruna sensei fez isso, e obteve grandes progressos no curto período entre 1972 e seu falecimento em 2002. Ele recebeu a graduação de Hachidan, e o titulo de Hanshi, no Muso Jikiden Eishin Ryu.
Ele foi o professor exigente e diretor do Musashi Dojo de Ohara, que recebeu o nome do lendário espadachim Miyamoto Musashi. Ele participou de cerca de 250 competições locais e nacionais e de demonstrações no Japão; perdeu 12 vezes, ficou em 3º lugar oito vezes e em 2º lugar 28 vezes, e uma dessas vezes foi em sua primeira competição nacional em 1978, em que ele ficou em segundo lugar. Ele recebeu o prêmio de Melhor Espírito de Luta 45 vezes, e o prêmio Espírito de Luta Especial (que é acima do “Melhor”) 15 vezes. Nas demais vezes, ele venceu.
Apesar de seu impressionante registro de competições, Haruna sensei não treinava para shiai. Para ele, shiai era apenas outra forma de treinamento. Ele acreditava que não importava o que fosse, shiai – demonstração, competição, exame – ou keiko (prática), sua atitude deveria ser exatamente a mesma – e é essa atitude é o que você deve treinar, como se sua vida dependesse disso!! Haruna sensei acreditava que a chave para o desenvolvimento de seu treinamento é levá-lo a sério. Sem essa atitude, sua prática sofre, e sua habilidade também. É a concentração, e um profundo foco nos fundamentos, o que permite o avanço de uma pessoa.
Apesar de eu nunca ter tido a oportunidade de estudar ou treinar com Haruna sensei, agradeço por sua vida, sua influência e sua contribuição para o iaido e os iaidoka. Isso reforçou minha compreensão, e tenho certeza que de outras pessoas, das artes marciais.

Haruna Matsuo Sensei, shitsurei shimasu!!!

Tradução – Jaqueline Sá Freire (Brazil Aikikai – Hikari Dojo – Rio de Janeiro)

Viva como as flores

O discípulo perguntou ao mestre:

“Mestre, como faço para não me aborrecer, com as pessoas? Algumas falam demais, falam de nossa vida, gostam de fazer intriga, fofoca, outras são ignorantes.  Algumas são indiferentes. Fico magoado com as que são mentirosas.  Sofro com as que caluniam”.

– “Pois viva como as flores!”, advertiu o mestre.

– “Como é viver como as flores?” Perguntou o discípulo.

– “Repare nestas flores”, continuou o mestre, apontando lírios que cresciam no jardim. Elas nascem no esterco, entretanto são puras e perfumadas. Extraem do adubo malcheiroso tudo que lhes é útil e saudável, mas não permitem que o azedume da terra manche o frescor de suas pétalas. É justo angustiar-se com as próprias culpas, mas não é sábio permitir que os vícios dos outros o importunem. Os defeitos deles são deles e não seus. Se não são seus, não há razão para aborrecimento. Exercite, pois, a virtude de rejeitar todo mal que vem de fora. Isso é viver como as flores.”

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A FLOR DE LÓTUS

De acordo com o Budismo, uma flor de lótus serve como assento aos que renascem no paraíso budista. No budismo, o lótus é o símbulo de pureza e perfeição da natureza búdica, inerente com todas as pessoas. “Assim como o lótus brota de dentro da escuridão da lama para a superfície da água, florescendo somente depois que se elevou acima da água e por permanecer imaculada sem se contaminar nem com a terra nem com a água que o nutriram, da mesma forma a mente, nascida do corpo humano, desabrocha suas verdadeiras qualidades( pétalas ) depois que se elevou acima das torrentes lodosas da paixão e da ignorância, e transforma as forças obscuras das profundezas em brilhantes e puros néctar da consciência iluminada.”

( Govinha, pg.89 in Philip Kapleau: Os três pilares do Zen. Ed. Itatiaia)

Treino viril e o Aikijutsu

por Ted Howell.

Traduzido do Aikido Journal por Adriano Nobrega da Silva – Aizen Dojo- Brasilia

Vou compartilhar alguns pensamentos com vocês. Aqueles dentre vocês que tiveram a sorte de assistir ao Aiki Expo em Las Vegas realizado em maio passado (graças ao esforço de Stanley Pranin, um trabalho bem feito!) e viram as aulas de Sensei Katsuyuki Kondo, da principal linha de Daito-ryu Aikijutsu, já sabem o quanto essa arte é incrível e dinâmica.
Esta foi uma oportunidade de treinar diretamente com o único detentor vivo do menkyo kaiden, diretamente outorgado por Takemune Takeda (o Soke anterior de Daito-ryu Aikijujutsu).
Eu, continuamente, sou surpreendido pelo conhecimento e sinceridade de Sensei Kondo. Ele é ao mesmo tempo severo e compassivo e representa o que cada americano sonha encontrar num mestre. Fortemente aconselho a qualquer estudante sério de artes marciais japonesas a observar como um representante direto de Daito-ryu Aikijujutsu incorpora a essência do clássico e verdadeiro budo japonês.
Acredito que para, verdadeiramente, estudar aikido como uma arte, é importante pesquisar os aspectos histórico e técnico de seus ensinos.
Compreendo que O-Sensei criou seu próprio budo.
Mas a pergunta é: a partir de quê?
Não é mais um mistério que os aspectos técnicos do Aikido de O- Sensei foram inegavelmente o resultado de seu relacionamento e longa aprendizagem sob um dos mestres de artes marciais bem proeminentes de seu tempo, Sokaku Takeda.
Compreendo ser difícil de imaginar O-Sensei, o fundador de aikido, como um estudante.
Mas como todos grandes mestres marciais, ele criou o Aikido da própria visão do que lhe fora previamente ensinado.
Morihei Ueshiba era um artista marcial severo. Seu relacionamento e aprendizagem com Sokaku Takeda foi de cerca de vinte anos, estando bem documentado. Qualquer de vocês que assistiu ao Aiki Expo deve ter visto as fotografias fornecidas por Sensei Kondo que claramente mostram um certificado de Daito-ryu kyoju dairi (permissão para ensinar) pendurado na parede do Kobukan, dojo do Fundador. Sabe-se, tambem, que um número de estudantes de O-Sensei antes da II Guerra Mundial, receberam graduações em Daito-ryu e não em Aikido como o conhecemos hoje. Em sua juventude, Morihei Ueshiba foi considerado um professor severo, assim como era Takeda. Só pela vida inteira de treinamento diligente e severo pode a arte hoje conhecida como Aikido evoluir.
O Daito-ryu não é um “estilo duro” de Aikido. Ele é a antiga tradição secular que deu à luz ao Aikido e a numerosas outras artes.
Já ouvi shihans de Aikido dizerem que estudar Daito- ryu Aikijutsu é uma regressão! Ouso divergir e intrepidamente declaro que experimentei de primeira mão a surpreendente abordagem do aiki encontrada no Daito-ryu que poucos aikidokas tem demonstrado possuir.
Deve ser observado que O-Sensei simplificou muito dos modos antigos devido ao tempo que era necessário para dominá-los.
Mas sinto que algo foi perdido e acredito que essa simplificação excessiva criou seus próprios demônios.
Acredito que é uma tentativa verdadeiramente vergonhosa de muitos aikidokas pensarem que podem desenvolver um nível de proficiência em Aikido que o fundador só atingiu depois de uma vida inteira de treinamento contínuo.
O modo pelo qual o Aikido moderno é apresentado ao mundo é algo decepcionante.
Em maio deste ano, eu assisti ao Aiki Expo em Las Vegas e assisti demonstrações realizadas pelos maiores aikidokas do mundo. A natureza destas demonstrações variou das mais suaves às extremamente poderosas. E embora impressionante, a maioria do que observei envolvia uma falta de atitude marcial real. Os princípios básicos do Aikido (tais como movimento, timing, e kokyu) estavam lá, mas sinto que em algum lugar do caminho a natureza marcial do Aikido havia sido perdida.
Passei vinte anos treinando em artes marciais japonesas, chinesas e filipinas. Como um agente da polícia e instrutor de táticas defensivas, tive a oportunidade de experimentar muitos contatos físicos diretamente no dia a dia policial.
E sinto que muitos aikidokas enganam a si mesmos ao achar que um agressor descuidadamente atacará e se permitirá ser manipulado como uma boneca de trapo.
O Aikido foi fundado nos conceitos que promovem compaixão, paz, amor, e harmonia.
Mas escutem cuidadosamente às palavras de Sensei Mitsugi Saotome: “Quando os fortes falam de paz as pessoas escutam, mas quando os fracos falam de paz, ninguém dá ouvidos” ( livro Aikido e a Harmonia de Natureza).
Esta declaração, acredito, diz tudo.
Como podemos, como aikidokas, promover o Aikido como uma arte de paz e harmonia se ele é praticado de modo a apenas nos proporcionar um sentimento falso de segurança?
Durante anos, ouvi outros artistas marciais criticarem o Aikido por sua falta de severidade e natureza prática. Novamente, argumentarei que a arte não é a culpada, mas a forma branda em que normalmente é praticada e ensinada trouxe tais críticas. Compreendo que as pessoas treinem aikido por uma miríade de razões particulares.
Mas por favor, não diga que você treina uma arte marcial a menos que a treine como tal.
A arte foi projetada pelo fundador na tradição do guerreiro japonês e qualquer abordagem que lhe exclua a natureza marcial não é Aikido. Isto não significa que um aikidoka deve vestir uma armadura antes de treinamento, mas digo que a mente, corpo, e espírito são forjados por desafio e treinamento numa mentalidade marcial.
Em Budo, as palavras de Morihei Ueshiba estão cheias de imagens do guerreiro japonês e da cultura de guerreiro. O fundador escreveu, “Perceba que sua mente e corpo devem ser ocupados com a alma de um guerreiro, com uma sabedoria iluminada e uma cultura profunda”,
O fundador escreveu: “O surgimento de um ‘inimigo’ deve ser pensada como oportunidade para testar seu treinamento físico mental e ver se seu corpo realmente responde de acordo com os propósitos divinos”. Mais do que isso, o pensamento do fundador é extremamente claro quando afirma: “Sempre se imagine no campo de batalha sob o ataque feroz; nunca se esqueça deste elemento crucial de treinamento”.
Penso que o fundador estava certo de que teve uma visão de paz.
Mas esta visão veio da mente de um guerreiro.
Um guerreiro que claramente indicou que a iluminação e o forjar do espírito são resultado direto de treinamento severo e diligente.
Retirar a natureza marcial do treinamento também retira a agudeza requerida para forjar a espada do espírito!
Tenho treinado Daito-ryu Aikijujutsu desde de 1997 e recentemente fui solicitado (ou melhor comunicado) por Katsuyuki Kondo a prestar exame para Shodan em outubro deste ano.
Para mim, passar ou não, é secundário ao encarar os desafios que esta prova trará. Como um estudante sério de Aikido (atingi o posto de Yondan da Aikikai, em maio deste ano), eu sinceramente acredito que meu estudo em Daito-ryu foi inestimável a meu entendimento de aiki.
Acredito aquele Daito-ryu e Aikido são duas artes feitas do mesmo tecido e que um complementa o outro. Se voces pensam que Aikido e Daito-ryu são mundos à parte, peço que reavaliem suas posições.
Finalizo com algumas palavras do antigo Soke de Daito-ryu Aikijujutsu, Sensei Tokimune Takeda, quando indagado sobre a diferença entre Aikijujutsu e Aikido.
Ele declarou, “…tenho acompanhado técnicas de Aikido no Budokan do Japão mas vejo apenas demonstrações de técnicas macias. Elas não funcionariam numa situação de luta real. Os ukes auxiliam se jogando e fazendo lindas quedas. É como se praticassem apenas técnicas para se jogarem. Se seu uke cai numa queda linda, isso faz sua técnica parecer boa. Em nossa prática, nós não precisamos que nossos ukes auxiliem executando lindas quedas. Nós treinamos a projeção dos ukes. Se projetados adequadamente, eles não precisam ajudar na queda: eles simplesmente caem.” (Conversas com mestres de Daito-ryu).
Espero que essas considerações provoquem alguma reflexão.
Se algum dentre vocês está interessado em recuperar a natureza marcial do treinamento, por favor venha ao seminário e experimente de primeira mão o que estou tão desesperadamente tentando explicar.
Para qualquer esclarecimento adicional, por favor não hesite em contatar o Instituto Aiki de Artes Marciais.. Oferece instrução em aikido, Korindo, hanbojutsu, e Daito-ryu Aikijujutsu. Lembre-se de que nossos esforços não podem continuar sem o apoio forte desses sérios estudos de artes marciais japonesas tradicionais. Para aqueles dentre vocês que amam as tradições japonesas, mas não podem participar, a colaboração sob a forma de doações é sempre bem-vinda. O Instituto Aiki de Artes Marciais é uma organização sem fins lucrativos que conta com estas doações.
Sempre de vocês, no budo
Ted Howell- Dojo-cho, Pinelands Aikido, New Jersey.

5 Anos do Ganseki Dojo

Banzai!!
Dia 17 de julho comemoramos 5 anos de formação do Ganseki Dojo. Este ano fizemos o nosso encontro dia 24, sábado passado.

Como sempre é um momento de alegria e de grande congrassamento. A cada ano novos integrantes se juntam na nosso grupo.

O trabalho se solidifica continuamente, e para nós é motivo de satisfação permanente ver que muitos acreditam na nossa proposta. Se somam a cada ano. Agradecemos aos alunos e amigos em geral.

Treino da manhãEste ano também comemoramos em março passado 20 anos de aikido e nos ssatisfaz muito ver a evolução de nosso caminho. Muitos surgiram junto a nós, apareceram, conheceram, mas não se identificaram com o aikido ou com o grupo. Outros desistiram por cansaço ou falta de tempo (sim aikido exige tempo, paciencia e muita disposição e flexibilidade, principalmente mental) Outros apareceram e avançaram no caminho ao longo do tempo. Muitos continuam com a gente fiéis a proposta; que não mudou. Mas muitas pessoas preferem outros caminhos, mais comerciais, ou que insuflem mais o ego. Aqui no Ganseki Dojo, como dizem na academia central, somos simples. Mas também engajados na luta de promover e desenvolver o aikido tradicional e eficaz conforme missão conferida a nós pelo próprio Kawai Shihan.

PS: Depois colocamos algumas fotos nos diversos locais (redes sociais etc).

“Aquele que é simples não tenta esconder o que é feio ou desperdício, porque

treino de armas
em sua pureza esses traços inexistem. Há realeza nas maneiras e graciosidade no comportamento, mas isto não rouba sua originalidade nem o compele à artificialidade.” Autor desconhecido

Domo

SEKI SHIHAN – SEMINÁRIO INTERNACIONAL

SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE AIKIDO & DEMONSTRAÇÃO DOS PROFESSORES P R O G R A M A Ç Ã O DATA HORÁRI O LOCAL ATIVIDADE 03/09 (6ª Feira) 19:00 hs Academia Central Yudanshakai

SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE AIKIDO &

DEMONSTRAÇÃO DOS PROFESSORES

P R O G R A M A ÇÃ O
DATA
HORÁRI O
LOCAL
ATIVIDADE

03/09 (6ª Feira)

19:00 hs

Academia Central

Yudanshakai – Somente Fxs Pretas

04/09 (Sábado)

09:00 às 09:45 hs

10:00 às 11:00 hs

15:00 às 18:00 hs

Ibirapuera

Ibirapuera

Treino Geral – Seki Shihan

DEMONSTRAÇÃO 47 ANOS

04/09 (Sábado)

20:30 às 23:00 hs

Local a ser definido

Jantar com Seki Shihan*

05/09 (Domingo)

09:00 às 09:45 hs

10:00 às 10:45 hs

15:00 às 15:45 hs

16:00 às 16:45 hs

Ibirapuera

Treino Geral – Seki Shihan

05/09 (Domingo)

19:00 às 22:30 hs

Local a ser definido

Jantar com os professores*

06/09 (2ª feira)

08:00 às 09:30 hs

10:00 às 11:15 hs

Academia Central

Academia Central

Reunião dos professores

Treino para professores – Seki Shihan

O local dos treinos no Ibirapuera é o ginásio do Judo.

Walter Amorim www.gansekikai.org Representação da União Sul Americana de Aikido na cidade do Rio de Janeiro Aikido Kawai Shihan