O koinobori era antigamente o dia dos meninos, mas com o decorrer do tempo sofreu modificações. Caracteriza-se pelo hasteamento de uma carpa (peixe) feita de tecido ou papel em um mastro de bambu representando sucesso, persistência, bravura e força. A escolha da carpa para representar essa data importante se dá ao fato desse peixe conseguir nadar contra correntezas e cataratas sem qualquer dificuldade. Também é utilizada por causa de uma história chinesa que relata que a carpa ao final de sua jornada transforma-se em um dragão.
Para afastar os maus espíritos, utilizam sobre a carpa essências e até folhas de íris que possui um forte aroma. Também simbolizava a sorte nas guerras para os samurais. O koinobori hoje é comemorado no dia 05 de maio, porém não representa apenas o dia dos meninos como antigamente e sim o Dia das Crianças.
Para fazer um koinobori é muito fácil. Pegue um pedaço grande e retangular de tecido ou papel e o dobre ao meio. Desenhe sobre o material as curvas do corpo de um peixe e recorte. O próximo passo é fazer a pintura sobre o material, fazendo a cabeça do peixe e suas escamas.
Ao secar, cole as partes dobradas, menos o local que será a nadadeira caudal (o rabo). Nesse local cole algumas fitas brilhantes para dar beleza e então fure a boca do peixe para colocar um pequeno barbante que será amarrado sobre o mastro.
Pronto! A carpa já pode ser colocada sobre o mastro de bambu para comemorar o koinobori e também para embelezar o céu com seus movimentos, como se estivesse nadando sobre o vento. Quando os enfeites começam a voar os japoneses normalmente fazem pedidos para que seus filhos sejam fortes e saudáveis.
Um texto já antigo, de sensei Santos, que recebi a alguns anos e hoje pode se ver em muitos lugares foi a base. Queria complementar com algumas informações que tinha, pois o texto parava nos anos 80 e muito se passou depois. O grupo de aikido Rio de Janeiro não é mais o único grupo, e diversos dojos aikikai, e não aikikai, surgiram no Rio de Janeiro. A medida que surgirem novas informações vamos refinando o texto. Este é um texto nosso de grande sucesso sem dúvida, e tem sido enriquecido com a participação de muitos sensei que tem contribuído ao longo do tempo. Qualquer contribuição que chegue a nós temos colocado de forma a enriquecer o relato. Fico feliz de contribuir para esse registro. Em 2016 recebemos autorização do pessoal do AMMA de Brasília (Associação Mestre Martins de Aikido) para colocar entrevista com Sensei nakatami que esclarece ou ratifica alguns pontos desta primeira fase do aikido em terras cariocas. Abaixo enxertamos também texto de santos Sensei baseado neste mesmo depoimento e com outras verificações para ajuste de datas que sensei Nakatami na entrevista teve dúvidas.
Nakami Sensei jovem quando começou o aikido no Brasil. Foto de Pedro Gavião, carioca, fotógrafo, praticante de aikido, já falecido. Foto doada para Santos na década de 80 (a original está no Aizen Dojo).
Teruo Nakatani, aos 28 anos de idade, chegou ao Brasil pelo porto de SANTOS em 6 de Novembro de 1960 no navio a Vapor Holandês BOISSEVAIN que partiu de YOKOHAMA sob o comando de L.RADEMAKER, da companhia transportadora ROYAL INTEROCEAN LINES. Quase 3 meses depois, três dias antes do Carnaval de 1961 , Nakatani mudou-se para o Rio de Janeiro.
Em Outubro de 1961, o emigrante japonês Teruo Nakatani ministra a 1a. Aula de Aikido em território brasileiro, no dojo na Avenida Venezuela, Cais do Porto, onde funcionava o hospital do IPASE, da Associação dos Servidores, e hoje se chama Hospital dos Servidores do Estado – HSE. Recebe ajuda do Sensei Ogino, do Judô, que possuía um dojo de 100 tatames. Sensei Ogino cede um horário para prática de Aikido na academia.Sem qualquer vínculo com o Aikido praticado em São Paulo.
Nakatani, formado pela Universidade Meiji, em Administração, praticava na Hombu dojo e já chegou aqui faixa preta 1o. Dan de Aikido, além de 1o dan em karate, foi aluno de O-sensei e companheiro de Yamada-sensei e Tamura-sensei na Academia Central em Tókio.
Após uma passagem efêmera em um pequeno dojo na área portuária, começa, realmente, no Dojo de Judô do prof. George Mehdi, instalado em Ipanema
Sensei Martins – Falecido em abril de 2012.
Entre os judokas que lá praticavam estava J.R.Martins – que viria a ser o introdutor do Aikido em Brasília.
Martins com a ajuda do secretário da Associação de Faixas Pretas do Rio, sr. Almeida, conseguem espaço e horários na Academia do Mestre Nagashima( na Praça da Bandeira) para o prof. Nakatani ensinar Aikido, as seg/qua/sex das 21:00 as 22:00. Este local é o primeiro local da pratica do Aikido no Rio de forma regular. Os primeiros faixas-pretas de Aikido no Rio de Janeiro, foram J.M. Ribamar Martins, Mark Berler, Eduardo Adler, Carlos Infante, Oswaldo Simon(O Guru), Otavio Oliveira, Luis Augusto Paraguassu, Pedro Gavião, Sinati, Getulio, Waldemar e depois George Prettyman são dessa época dourada.
O crescimento do numero de alunos faz com que Nakatani, em 1969, mude para R.Barata Ribeiro no. 810 , sobreloja e depois 2o. andar – Copacabana que acabou se transformando na Associação Carioca de Aikido. Havia um Segundo local de pratica de Aikido, no Rio, no clube Caiçara( Lagoa) onde as aulas eram dadas pelo Guru, primeiro faixa preta de Nakatani.
Em 15 de julho de 1971, ingressa no dojo de Copacabana, um praticante que terá importante influencia na continuidade do Aikido Carioca, é o empresário Adélio Andrade, português de Douro Litoral, na época com 28 anos, trabalhador, inteligente, hábil administrador, vai suprir a lacuna da ausência de Nakatani gerada por suas atividades empresariais e tornar-se um expoente no Aikido do Rio de Janeiro.
Em 1972, prof. J.R..Martins é removido pelo Banco do Brasil para Brasília e deixa dojo da Barata Ribeiro, vai ser o introdutor do Aikido no Planalto Central. Nakatani se incumbe de, semestralmente, efetuar seminários e a avaliação dos seus alunos brasilienses.
Nakatani, de 1963 ate 1973 torna-se figura lendária, é figura de manchete em jornal ao prender assaltantes Ladeira San Roman, aparece em documentários, noticias da semana sobre esportes, aparece como coadjuvante em filmes nacionais da época, como o Diamante Cor de Rosa de Roberto Carlos.
É bom registrar que o prof. Nakatani busca sua realização na sua área de formação o que acarreta constantes viagens e ausências do dojo de Copacabana. Uma contusão no joelho faz com que Nakatani comece pensar a deixar a pratica do Aikido.
Da direita para esquerda: Sensei Santos, Sensei Nakatami e Sense Martins. Foto de 2011 quando o Sensei Martins recebia seu 6o dan.
É bom registrar que o prof. Nakatani busca sua realização na sua área de formação o que acarreta constantes viagens e ausências do dojo de Copacabana. Eis que uma lesão no joelho faz com que Nakatani deixe o Aikido, pois não podia mais praticar em seiza. Além disso, seu espírito de empreendedor lhe obriga a se dedicar a sua firma de ar-condicionado, tem projetos de instalação de equipamentos e prazos a cumprir, tudo lhe toma o tempo.
Assim, Nakatani procura, no Japão, primeiro na Academia Central, depois o mestre Yasuo Kobayashi, seu colega de faculdade, para que indicassem uma pessoa para ocupar o seu lugar no dojo do Rio.
Shikanai Sensei
Entre os dois principais alunos de Kobayashi, estavam Igarashi e Shikanai, como Igarashi estava noivo, Shikanai se apresenta para vir para o Brasil. Então, em junho de 1975, chega ao Rio, acompanhado por Yasuo Kobayashi, o prof. Ishitami Shikanai, deixando, incompleto, o curso de Economia, da Universidade Meiji, sem nenhum conhecimento de língua portuguesa, solteiro, com 28 anos, terceiro dan de Aikido, segundo dan de Jodo e de Iaido.
Shikanai Sensei
Shikanai assume o ensino do Aikido no dojo de Copacabana, porém, ocorre o choque cultural e a reação a mudança face ao Aikido praticado pelo novo instrutor. Os alunos acostumados ao Aikido marcial, viril, do prof. Nakatani questionam a maneira apresentada e o temperamento do novo instrutor o que vem a se refletir na administração financeira da academia (fuga de alunos). O prof. Adélio percebe os problemas e monta um dojo em Niterói a ser dirigido diretamente por Shikanai, ficando a academia da Barata Ribeiro sob a direção de Adélio. E o prof. Shikanai ministrando aulas seg/qua/sex, pela manha e a noite, somente.
Na ida para Niterói, acompanham dois faixas-pretas que são importantes no Aikido do Rio de Janeiro, Pedro Paulo Coelho e Bento Guimarães.
Crise econômica, inflação desenfreada, reajustes de alugueis abusivos fazem com que a associação Carioca de Aikido passe por sérios problemas, perdendo muitos alunos, o que culminou em seu fechamento, passando o prof. Adélio a lecionar as 3a e 5a. na AABB-Lagoa.
Sob a égide do prof. Adélio, no dojo da AABB-Lagoa, uma outra nova fase carioca se inicia, onde se formam faixas pretas, Jose Carlos, Renato Morrison, Valerio Exposito e Marco Antonio Barcelos.
No dojo de Niterói, onde Shikanai torna morada, escritório e academia, administrado somente por ele, ingressam Antonio Augusto, Alberto Ferreira e Carlos Nogueira. Este ultimo, mais tarde, emigra para Los Angeles, onde ingressa no Iwama-Ryu e hoje – tendo retornado – representa no Brasil a linha do Saito-sensei.
Face a distancia e por determinação do Prof. Shikanai, Pedro Paulo e Bento Guimarães, iniciam turmas de Aikido em Laranjeiras na Academia Nissei, onde Shikanai comparece uma vez por mês para treino mensal. Neste ciclo, formam-se, Nelson Lisboa, Marcelo Guelman, César Silveira, Teresa Silveira, Antonio Peniche (Toko) e outros.
A linhagem do mestre Nakatani, continuou na responsabilidade do mestre Ichitami Shikanai, mestre José Maria Martins, mestre Bento, mestre Adélio, mestre Pedro Paulo, mestre Santos, mestre Nelson T e outros, hoje possui ramificações em diversos Estados do Brasil como (RJ, MG, DF, GO, PA, RO, e SP).
Anos 80:
Nos anos 80 o desenvolvimento do aikido no Rio de Janeiro continuou praticamente restrito ao grupo original carioca, o aikido Rio de Janeiro, com algumas poucas incursões, como o aikido Tomiki conduzido por Hiroshi Tada.
Em 1981, nasce, em Niterói, da união com Maiyumi Shimizu, a filha Minoli, do prof. Shikanai. Minoli, com problemas locomotores decorrentes de erro medico no hospital publico onde a mãe e filha foram atendidas no momento do parto.
As dificuldades de realizar tratamento médico na filha, deficiente física, no próprio dojo de Niterói, induzem Shikanai a aceitar sugestão de Sakai – renomado terapeuta japonês na Zona Sul do Rio – de mudar para uma casaem Belo Horizonteonde melhor poderia aplicar os exercícios na filha.
Então, em 1985, Shikanai muda com a família para Belo Horizonte para uma casa térrea no bairro de Carlos Prates. Primeiro local de pratica foi em casa, depois Praça Raul Soares, um dojo de judô em cima do posto de gasolina e finalmente na Savassi, onde se encontra até hoje.
Na época existia o dojo do saudoso Mestre Clóvis (Círculo de Aikidô) na academia SCRETT no Leblon Rio de Janeiro. Iniciaram nesta época Gentil e Ricardo Martins.
No solo mineiro, surgem novos faixas pretas, como Jose Martins, Jose Almir, Daniel Spach, Vanessa, Paulo Pinheiro, Marcio, Marcelo, Dora, Kátia e outros. Em 2000, Vanessa- faixa preta terceiro dan, inaugura um dojo campestre, na serra dos Jambeiros, local dos gashukus mineiros.
Cumpre destacar que no Rio, dois antigos alunos do dojo da Barata Ribeiro, Laurentino Duó(missionário da Igreja Messiânica) e Cláudio Halfed se mudam para Barra Mansa e Natal, respectivamente, onde introduzem o Aikido e formam novos faixas pretas.
Anos 90:
Nos anos 90 o desenvolvimento do aikido no Rio de Janeiro continuou e novos sensei do AIRJ já estavam atuando. Paralelamente o interesse pelo aikido cresce e o AIRJ não atende todos os locais. Grupos até então mais restritos a São Paulo começam a aparecer por força de mudanças de pessoas para o rio. Nesta época surge no rio o instituto takemussu trazido pelo Sensei Nelson Alves. O instituto Takemussu surgiu em SP fundado por antigo aluno de Kawai Sensei, Wagner Bull, que saiu da União Sul Americana e procurou a Yamada Sensei, quando este esteve ministrando seminários na america latina, para obter apoio para uma incursão em separado. Surgiu assim o Instituto em SP em 1987. Alguns anos depois estaria no Rio, também levado por seu aluno Sensei Luiz Cláudio Freitas, que largou o aikido em 2000, mas deixou seus alunos para seguirem com o grupo. (A frente mais detalhes).
Em 1995, outubro, iniciou o aprendizado de Aikido Sergio Roberto Silva Rabello, com o prof. Alberto Ferreira, do grupo do prof. Shikanai, na ACM. Após cinco meses, devido a mudanças no horário das aulas, transferiu-se para o Instituto Takemussu, no Hikari dojo, na academia Top Defense, na Rua da Passagem, Botafogo, sob a orientação do prof. Luis Claudio de Freitas.
Seis meses após o seu exame de 1o Kyu, assumiu a pedido do prof. Luis Claudio, que resolvera abandonar o ensino de Aikido como dito anteriormente, a liderança do grupo, a esta altura, bastante reduzido e que ainda se dividiu por quatro, ficando parte em Copacabana, outra em Niterói, outra em Maria da Graça e outros em Botafogo. Em 27 de setembro de 2003, prestou exame e foi promovido a shodan. Esta nova geração foi a responsável por realinhar os rumos da representação do grupo takemussu no RJ. PS: Outras fontes, citam desagrado do professor Luis Claudio com instrutores que haviam chegado no IT vindo do AIRJ. Infelizmente, segundo os dois lados ouvidos, a saída de Sensei Luis Claudio gerou mágoas e ressentimentos. Muitas vezes, mal entendidos, egos não controlados e outros fatores, isolados ou em conjunto, podem dividir um grupo ou extingui-lo. Nos mesmos já vimos isso.
No final dos anos 90, outro importantes aluno de Sensei Luiz Claudio fundou um dojo importante do grupo takemussu no RJ: Mauro Salgueiro que começou o Yamato Dojo em Copacabana em 1999 cita essa passagem. Conforme ele mesmo contou:
Diz ele: “O Yamato Dojo existe desde 1999. Quando eu já dava aulas na Top Defense (Hikari Dojo) nas ausências de Luis Cláudio Sensei. Antes somente existia o Ki Toji. Luis Cláudio já dava pinta que iria parar e num dia marcou comigo uma reunião, quando cheguei no dojo ele já havia ido embora (02 horas antes do horário marcado) e tinha entregue as chaves ao Sérgio. Acho que como eu era o aluno mais antigo ainda treinando lá ( o restante estava no Ki Toji ou parado) e eu já tinha o Yamato Dojo funcionando em pleno vapor, acho que ele ficou triste e sem graça, abandonando dessa forma. Como havia sido casado, constituído família e dividia o dojo com os negócios da família (e o aikido não gerava tanto lucro), ele decidiu parar…mas sem a conversa com os mais antigos. E na verdade..no Rio, Takemussu só há agora – Yamato Dojo – Mauro Salgueiro – Seigan dojo – Irmãos Cirto – Shobu aiki – Geraldo e o Ki Toji que ficou com o Marco Aurélio. O Sérgio é ligado ao BrAikikai agora. O Seigan e o Shobu Aiki ficam em Niterói e seus líderes eram alunos de Shikanai Sensei antes de se filiarem ao Takemussu.”
Pelo grupo Shikanai surgia o Seigan Dojo em Niterói, sob a responsabilidade dos Sensei Carlos Alexandre, Geraldo Garcia e Paulo Augusto. Mas, conforme dito anteriormente, mais tarde se filiaram ao Instituto Takemussu.
Outro grupo aporta no Rio de Janeiro nos anos 90:
Ricardo Martins Sensei
Por outro lado Ricardo Martins, antigo aluno do falecido professor Clovis do AIRJ, trouxe ao Rio de janeiro a FBA de Sensei Severino Sales Silva. Sensei Severino, 6º Dan aikikai é outro aluno egresso da União Sul Americana que criou seu próprio grupo. Veio a dar seu apoio nesta FBA, o sensei Nelson Alves, que havia treinado ao lado de grandes sensei, tanto no Rio, quanto em SP, e que ajudou muitos praticantes que iniciaram em 90. Outro que veio a se juntar ao grupo foi um antigo aluno de Sergio Rabello, Alexandre Salim. Passou alguns anos depois, com a saída de Ricardo Martins, a ser único representante no Rio. O Sensei Nelson Alves, que antes foi também do instituto takemussu, e antes ainda do Aikido Rio de Janeiro, teve apoio muito importante nesse início, mas no início dos anos 2000 se desligou do grupo.
Ricardo Martins se instalou na ACM no centro; enquanto Alexandre Salim começou a dar aulas no Jardim Botânico e também no centro; na extinta academia mente e corpo. Lá conheci todos eles, Alexandre, Ricardo e Nelson, retomando meus estudos do aikido iniciados no AIRJ no início de 90 com meu mestre Nelson Miranda. Me tornei 1º kyu em 1999 e vim a substituir Alexandre Salim na mente e corpo quando foi para a Tijuca.
Pode se atribuir esse movimento de expansão do aikido de SP representado por estes grupos ao incentivo e apoio de umas das mais importante figuras do aikido mundial: Yoshimitsu Yamada. Mestre Yamada chegou aqui em 92, e continua atuando, não só aqui como em diversos lugares do mundo, por meio da Sansuikai Internacional (a qual somos hoje filiados). Isso proporcionou um aumento não só de opções ao Brasil, como também melhoria inegável da qualidade técnica de nosso aikido. No caso do Rio na década seguinte de 2000, outros grandes sensei proporcionaram a continuidade deste crescimento.
Anos 2000: Mais opções chegando de fora.
Se nos anos 90 o Rio de janeiro (além de outros estados) começou a conhecer o trabalho desenvolvido pelo I. Takemussu e pela FBA (hoje FEBRAI), nos anos 2000 houve mas alguma expansão e novas opções surgiram. Na historia do takemussu ainda destacaria o surgimento do Kitoji em 2000 que foi muito famoso e que ficava (não existe mais neste endereço) em Maria da Graça próximo ao metro. Foi fundado e conduzido por Alberto Coimbra, meu amigo Antonino Barreto e João Marcelo, alunos de Luiz Cláudio Sensei. Hoje funciona em Higienópolis conduzido por Marco Aurelio San.
Gentil Sensei
Em 2001 também chegou aqui o sensei Gentil, retornando de uma viagem de 15 anos ao Japão. No seu primeiro seminário e mais algumas ocasiões tivemos o privilegio de participar do aprendizado proporcionado por este dedicado e talentoso aluno de Sensei Clovis nos anos 80. A principal influência hoje, conforme ele mesmo afirma em seu site, é do shihan Tsuruzo Miyamoto, a quem o sensei Gentil está ligado. Sensei Gentil trouxe uma bagagem excepcional dessa longa imersão na cultura japonesa, e no Aikido praticado no Hombu Dojo, cultivada numa prática diária e obsessiva com todos os grandes mestres em atividade. Teve o prazer e honra de treinar com o Doshu Kisshomaru Ueshiba, filho do fundador e também com o atual Doshu Moriteru Ueshiba, neto do O Sensei. Treinou também com os senseis Kisaburo Osawa, Sadateru Arikawa, Seigo Yamaguchi, Ichiro Shibata, Hiroshi Tada shihan, Seijuro Masuda shihan, Nobuyuki Watanabe shihan, Seishiro Endo shihan, Masatoshi Yasuno shihan, Shoji Seki shihan, Koichi Toriumi shihan, Tsuruzo Miyamoto shihan, Yoshiaki Yokota shihan, Hayato Osawa shihan. O nome Círculo de Aikido foi escolhido em homenagem ao antigo grupo, criado no início dos anos oitenta pelo saudoso sensei Clóvis Melo, ou Mestre Clóvis, como era carinhosamente chamado pelos alunos. Foi ele quem abriu as portas dessa arte marcial para inúmeros praticantes (como o próprio sensei Gentil), que até hoje ainda praticam o Aikido. Alguns antigos alunos do aikido de Alexandre Salim na época do Jardim Botânico se tornaram os primeiros alunos de Sensei Gentil quando Salim deixou de dar aulas na zona sul mais menos na mesma época que sensei gentil fundou o círculo.
Um grande beneficio do trabalho da FBA de sensei Severino Sales foi trazer por 3 vezes para o Rio um grande aluno de Yamada Sensei: O Sensei Donovan Waite.
No mesmo ano de 2000 chegava ao Rio de janeiro, Luc Leoni, frances, e que foi aluno de Daniel Jean Pierre Sensei, este aluno de Tissier Sensei da FIAA. Também treinou com outros sensei pelo mundo, destacando toyoda sensei nos EUA, já falecido. Começou a somente treinar na academia Mente e Corpo, ainda na época de Alexandre Salim como instrutor. Sensei Luc apesar de sua graduação e nível técnico treinava junto com todos somente praticando.
Eu havia retornado ao aikido em 1999 de um período afastado (no mesmo ano conheci o Yamada Sensei em seminário em SP e decidi realmente continuar no aikido). Ia regulamente a São Paulo e Campinas treinar com Sensei Severino, e fui convidado diretamente por ele para fazer exame de shodan. Treinamos muitas vezes nesta época com Luc Leoni, em suas visitas a Mente & Corpo.
Em 2002 alguns alunos da FBA insatisfeitos com questões ligadas a sede e da representação no Rio, deixaram de treinar na FBA. Destes, a se destacar como nomes relevantes para está ainda recente historia do aikido no Rio, e/ou de influência no cenário atual teríamos o sensei Marcio Fontes e seus alunos Alvaro e Munzer. Procuraram Luc Leoni Sensei e foram convidados a treinar em carater informal com o próprio Luc, mas sem uma configuração formal de grupo. Era apenas um grupo de aikidokas ligados a ahan(aikido humanitarian active network) de homma sensei, mas sem ligação formal de aikido, nem com Homma Sensei, nem com nenhum outro grupo. Alguns remanescentes citam como essa época como o surgimento da nippon Kan mas na verdade esta viria a ser formada somente 2004. Na época Luc dizia não querer formar grupo, mas sim treinar. O único yudansha neste grupo além de Luc era na época Marcio Fontes, recém-promovido por Ricardo Martins antes de sair do grupo FBA. Eu permanecei na FBA mais um tempo. Além destes, seus sempai Álvaro Carvalhaes e Munzer Isbele, faixas azuis na época, foram com Marcio. Alunos da academia da tijuca de Alexandre Salim e dois alunos meus faixas verdes, Bernadete e Marcos Delestre, foram também. Me juntei a eles um bom tempo depois, em 2004. Álvaro Carvalhaes tinha parado algum tempo com o aikido fazendo, outras artes e retornou ao aikido ao se juntar ao trabalho de Munzer na Bujutsu Kai. Esta foi uma academia montada no Saara fruto da paixão de Munzer pelas artes marciais, onde além de aikido, tiveram diversas artes. Alvaro tinha começado no AIRJ com Sensei Bento Guimarães e foi excelente ter retornado ao aikido. Também chegamos a dar aulas por lá, por um breve período, em 2003, 2004 aos sábados. Quando iniciamos lá ainda eramos da FBA e foi no encontro diário com Marcio Fontes e Munzer que nos convencemos a aderir ao novo grupo, pouco depois, no início de 2004. Alvaro que tinha retornado convencido e apoiado por Fontes, ficou junto dele quando decidiu se desfiliar da FBA e foi figura importante no grupo. Este foi praticamente a base do futuro grupo Nippon Kan Br. Outros alunos originalmente de Israel Bujarki (Israel era antigo aluno do mestre Clovis e hoje não mais praticante pelo que sei), que treinaram junto com Marcio Fontes, antes deste treinar com Ricardo, também participavam do grupo na bujutsu kai (Carlos Jr, Teixeira e outros). Eles foram convidados por Marcio para retornar ao aikido. Embora Fontes tenha parado também na época do afastamento de Israel, foi por dois ou três anos, retomando no aikido com Ricardo Martins. Ele já era um shodan quando chegou a Bujutsu e trouxe estes alunos de volta ao aikido. Graças ao apoio de Fontes, que foi um grande incentivador deste grupo, ele foi se estruturando e assimilando a proposta técnica da FBA e depois de Leoni Sensei.
Há de se ressaltar que o trabalho da Aikido RJ – dojos shikanai – continuou paralelamente, sempre continuo e de elevado nível técnico. Mas sempre foi um grupo muito fechado e não temos detalhes das gerações todas. Mas nosso foco é destacar os pontos principais que geraram movimentos no Aikido do Rio de Janeiro. Ao longo destas décadas.
Nippon Kan Brasil: Breve historia
Nippon Kan Brasil foi um grupo de aikido que existiu do início 2001 até 2007*.
O grupo surgiu da dissididencia de praticantes da antiga FBA no rio. Marcio Fontes e seus alunos da academia Bujutsu kai resolveram sair deste grupo em 2001 por alguns fatores que geraram desentendimentos.
Ao mesmo tempo havia chegado ao Brasil em 2000, Sensei Luc Leone, que provinha da Federação Francesa de Aikido e procurou um lugar para treinar. Começou a frequentar as aulas de Alexandre Salim querendo participar.
Por diversos motivos, que envolveram certos acontecimentos no final de 2000, Marcio Fontes resolveu se desligar da FBA e de Alexadre Salima. Junto o acompanharam seus alunos na época. Marcio Fontes consultou seu grupo e resolveu solicitar a Luc Sensei que assumi-se os treinos, visto que tinham tomado contato com ele nos treinos e seminários da FEBRAI e viram seu elevado nível técnico trazido da escola francesa. Como Luc Sensei era amigo particular de GAKU HOMMA SENSEI, o mesmo autorizou-o a ser representate da AHAN (AIKIDO HUMANITARIAN ACTIVE NETWORK) no Brasil, instituição filantrópica fundada por Homma sensei, cuja função é ajudar povos e pessoas carentes por meio do aikido.
A partir de 2004 após a resolução de Luc Leoni e concordancia de Homma Sensei, passou este núcleo, junto com outros que haviam chegado ao grupo no final de 2003(entre eles eu mesmo) a formar a Nippon Kan Brasil. Em 2004 tínhamos nos juntado, convencido do projeto, ao grupo como Ahanrio e foi uma grata mudança essa autorização de Homma sensei a representa-lo oficialmente também como grupo de aikido. Me integrei ao grupo como Yudansha que era desde 2000 e sem me preocupar com filiações. Alvaro Carvalhaes secretariava Luc em Buzios e era instrutor auxiliar lá. Um dia, em meados de 2004, Alvaro me liga e diz: “Uma notíca ótima! Sensei Gaku Homma autorizou a nós formamos oficialmente uma representação de aikido da Nippon Kan no Brasil. Vai ser a primeira vez que ele autoriza isso!” Neste momento surgiu realmente a Nippon Kan. Agora sim um grupo de aikido formal. Se treinava desde 2001 na Bujutsu kai, mas a Nippon Kan só nasceu oficialmente em 2004. Esta foi a única representação da nippon kan original no mundo, e que foi formada originalmente por Homma Sensei em Denver, EUA. Sensei Homma não era muito afeito a crescer seu grupo, segundo suas proprias palavras, e foi a primeira e única vez (até hoje) que existiu uma Nippon Kan fora dos EUA. Homma Sensei foi aluno de Saito Sensei e do próprio fundador na mesma época que Mitsume Saotome Sensei.
Exame para Shodan NKB 2004: M. Teixeira – Uke: Alvaro Carvalhaes. Na banca da esquerda para a direita: Luc Leoni como chefe da banca; ao centro, Walter Amorim e a direita, Marcio Fontes.
Já no final de 2004 para 2005 estávamos formando nova turmas de faixas pretas: O exame de shodan de Álvaro Carvalhaes, Marco Delestre, Bernadete e Teixeira foi feito por Luc Sensei e teve Marcio Fontes e eu, ajudando a compor a banca.
Exame para Shodan NKB 2004: Bernadete – Uke: Teixeira. Na banca: Luc Leoni, como chefe da banca. Auxiliares: Marcio Fontes(direita) e Walter Amorim(centro)
Alvaro, Teixeira e Munzer eram senpai mais antigos na Bujutsu Kai, fundada pelo próprio Munzer, um grande entusiasta, não só do aikido como das artes marciais em geral. Eles tinham como instrutor Marcio Fontes. Considero que foi um momento muito importante para mim, pois foi minha primeira experiência em banca de exame de yudansha. Naquela época somente Luc como 4o Dan da Nippon Kan, e 3o da aikikai, poderia examinar, e nos chamou para participar como assistentes. Também outros faixas pretas surgiram, ainda em 2005 no grupo, como Marcio Rocio e o próprio Munzer.
Gaku Homma Sensei , Kancho Nippon KanDa esquerda para a direita: Nelson Alves Sensei, Gaku Homma Kancho, Walter Amorim Sensei e Marcio Fontes Sensei
O breve período de existência da Nippon Kan Brasil foi muito interessante por trazer muitos eventos ao Rio de Janeiro além daqueles promovidos pelo Aikido RJ – dojos shikanai. Grupo mais antigo e de grande responsabilidade em construir essa historia do aikido em terras cariocas. Mas que hoje felizmente divide esta responsabilidade com muitos grupos como citamos neste artigo, o que permite maior possibilidade de crescimento do aikido carioca
Um fato relevante ao nosso ver nesta curta historia foi que em 2003 veio morar no Brasil, especificamente em Minas Gerais, o 6º Dan Claude Wallla e em 2005 Luc Leoni foi conhece-lo em Barbacena. Ele tinha na época 40 anos de aikido e era 2º Dan em Iaido, tendo sido aluno direto de Christian Tissier. Este encontro trouxe ainda mais conhecimento técnico ao grupo. Ele fez diversos seminários e aulas no Rio para a Nippon Kan engrandecendo muito a técnica de todos. Um dos mais importantes eventos realizados no Rio de Jaqneiro até hoje, foi organizado pelo grupo: A primeira visita (e até hoje única) de Hitohiro Saito sensei ao Brasil em 2005, do qual fomos um dos organizadores na época, responsável pela comunicação do evento. Foi um evento de grande sucesso em presença de aikidokas nacionais e internacionais no Rio, apesar de declarado boicote de alguns grupos. Ele veio junto com Gaku Homma Sensei e Stefanie Yapp, uma grande aikidoka ligada a Saito Sensei, este um dos grandes nomes do aikido de todos os tempos. Hoje está ligada ao seu filho Hitohiro. O seminário foi uma homenagem ao sensei Morihiro Saito, que sensei Homma iria trazer ao Brasil alguns anos antes, mas devido a sua já abalada saúde não ocorreu. Sempre preocupado também no aspecto cultural, trouxe também um evento de Taiko(tambores japoneses). Gakku Homma Sensei veio varias vezes ao Brasil. Fez diversas ações humanitárias por meio AHAN, o que faz até hoje em diversos países. Em 2007 Luc Sensei, pensava em se filiar a Brasil Aikikai, o que ocorreu. Neste mesmo ano Homma Sensei veio a última vez ao Brasil. Não é dito os motivos de Sensei Homma ter desistido do projeto da Nippon Kan Br e nunca mais voltado ao Brasil. Isso nunca foi bem explicado. Mas temos algumas pistas. Como fiquei desde 2005, no seminário de Saito, designado como na comissão organizadora como diretor de comunicação do grupo ( a principio somente para o evento, mas acabei exercendo essa tarefa de comunicações até minha saída do grupo), tivemos oportunidade de ver alguns movimentos coincidentes. Neste ponto minha explicação é apenas baseado nas circunstancias e declarações que ouvi. Não há versão oficial. Minha impressão: Nesta organização a quem Luc Leoni se filiou em 2007 (Br Aikikai), tinhamos o detalhe de que seu presidente W. Bull era contrário ao trabalho desenvolvido por Homma Sensei por meio da Ahan e aqui no Brasil com a AhanRio. O próprio Sensei Wagner Bull veio falar comigo alguns anos antes, em 2003, em um seminário de Campos do Jordão, que fizesse Luc Sensei entender que esse tipo de visão da AHAN era bonita, mas contraproducente. Queria que conversa-se eu com Sensei Luc (sabe-se lá por que me elegeu nesse momento para isso. Talvez tenha chegado a ele que eu seria o diretor de comunicações como o proprio Luc me designava). Não sei exatamente como, mas isso foi chegando aos ouvidos de Homma Sensei e o aborrecia segundo relatos de pessoas de SP que se relacionavam comigo. Acho que houve algum contato dos dois e gerou desconforto. Realmente é fato que Wagner Bull Sensei inclusive se recusou em 2005 a participar do seminário de Saito Hitohira, proibindo alunos de irem. Fez ainda outro seminário paralelo na mesma data. Uma filiação de Luc Sensei a BR Aikikai do Takemussu pode não ter sido agradavel para Homma sensei. Quando houve em 2007 a filiação de Luc Leoni Sensei a Br Aikikai todos nos estranhamos na verdade. Depois vimos que era um movimento também motivado pelo desejo de Luc de não se afastar da aikikai. Gakku Homma Sensei não pertence a ela, pois tem um grupo independente. Por coincidencia ou não, Homma Sensei se afastou do Brasil no mesmo ano, após seu seminário em setembro de 2007.
Gaku Homma Sensei e Walter Amorim – 2007. Na última visita e seminário de Homma Sensei
Sempre me pareceu que essa aproximição de Luc com a Br Aikikai teve a ver com o afastamento de Homma Sensei. Eu me desfiliei do grupo no início de 2008. Alguns estranharam, mas vi que a proposta inicial que me atraiu quando ainda tinhamos a AHANRio tinha se modificado. Para mim, sem rancores, mas preferi seguir dentro dos objetivos do Ganseki Dojo. Logo depois, parece que ainda em 2008, também saiu do grupo Alvaro Carvalhaes. Acho que pela mesma motivação. O grupo manteve este nome por mais algum tempo embora com nenhuma ligação com a Nippon Kan original ou Gaku Homma Sensei. Hoje acredito que foi na sua vinda no seminário que ele tenha formalizado a Luc, que não mais daria apoio ao grupo. Na verdade não importa detalhes e ressentimentos devem ser diluídos pelo tempo. Mas o fato é que tivemos um grande e breve grupo de aikido e uma associação AhanRio que de 2001 até 2007 fez um trabalho interessante de doações as instituições como obra do berço e outros por meio da arrecadação de seus seminários, sobretudo de Homma Sensei que faz esse trabalho da mesma forma por vários locais do mundo. Acho isso admirável. Tivemos uma oportunidade ímpar de conviver e aprender com Homma Sensei. E também com Luc Leoni. Mas este último se identificou no final mais com a proposta de W. Bull e preferiu também o retorno a Aikikai. E com certeza as duas propostas da Br Aikikai e de Homma Sensei (a ahanRio até hoje é uma proposta arrojada de trabalho) não conviveriam muito tempo. Essa é um relato resumido da NKBR, sendo esta a historia do aikido no Rio, mas registra movimentos relevantes deste grupo. Com certeza semeou frutos.
Instituto Maruyama no Rio:
No início de 2000 havia sido criado um outro grupo em São Paulo – o Instituto Maruyama. Roberto Maruyama era outro antigo membro da União Sul Americana. Ricardo Martins foi seu primeiro representante no Rio no inicio dos anos 2000 depois de ter ficado alguns anos sozinho. “Ronin” como ele se considerava. Ricardo Martins havia iniciado no aikido em 1986 na cademia SCRETT no leblon com o Sensei Clóvis Melo em 1986.
Ricardo Martins se filiou ao Instituto Maruyama após ter conhecido o Shihan Masakazu Kitahira 8º Dan (Hiroshima Aikikai) do Japão em um seminário. Ricardo Martins se impressionou com as virtudes do Shihan Kitahira e principalmente pela sua atitude honesta e sincera. Ricardo Martins foi “apadrinhado” por Kitahira Shihan sob cuidados do Sensei Maruyama.
Toshio Ikeda San
Foi por volta de 2006 que Marcio Fontes, insatisfeito como os rumos que começavam a se desenhar na Nippon Kan, tinha se filiado também ao Instituto Maruyama. Nesta época um antigo aluno meu de Jacarepaguá e que já estava treinando com ele a alguns anos, depois que deixei de ensinar em Jacarepagua, foi com ele. Seu nome: Luis Peixoto. Ficaram como os dois representantes do grupo Maruyama no Rio. Depois chegou Toshio Ikeda Sensei que se filiou ao grupo e dava aulas no Cosme Velho. A parti de 2006 o Instituto Maruyama no Rio foi composto por Marcio Fontes, Luiz Peixoto e Claudio Almeida. Assim permaneceu até 2012. Claudio Almeida era um antigo aluno da manhã da academia do Munzer no Saara na época da Nippon Kan. A academia fechou e este passou a treinar na Academia Top Defense sob orientação do Sensei Ricardo Martins. Ricardo Martins solicitou ao faixa marrom Claudio Almeida e Rodrigo Shoenacher (faixa azul)que apoiassem o Ikeda Sensei na manutenção do Dojo da Nikkey do Cosme Velho e assim mantendo o site ligado ao instituto Maruyama, na manhã. Alguns anos depois Ikeda foi para o Japão e Claudio Almeida, já shodan, assumiu as aulas. Em 2013 soubemos que Marcio Fontes não pertence mais o instituto Maruyama.
Por volta de 2008, Ricardo Martins se desligou do Instituto Maruyama. Até alguns anos atrás era 2° dan que seguia sob orientação somente do Shihan Yamada Yoshikazu 7º Dan (Kojira Jyukko Kanie Dojos).
A partir de 2005 então, quase todos os grupos paulistas tinham pelo menos um representante no Rio. Somente os dois mais antigos não: A FEPAI e União Sul Americana. Logo mudaria.
Outros grupos cariocas a partir de 2005:
Em 2005 foi fundada a Escola Meirelles de Aikido. É um grupo formado pelo sensei Silvio Meirelles e seus alunos mais antigos. A origem dele é igual a minha bem no inicio: Treinamos juntos no Aikido RJ – dojos shikanai. Ele como aluno de Antonio Augusto em Niterói e eu com Bento em breve período, e depois com o professor Nelson Miranda (Sensei Antonio foi promovido recentemente a 5o Dan). A EMA se filiou a FEPAI em 2007. O orientador técnico é Makoto Nishida, 7o dan aikikai. Antes disso por alguns anos, foram alunos de Carlos Nogueira. Desta forma ficou a FEPAI também com uma representação no Rio. Somente Kawai Sensei e a união sul americana não tinham representação no Rio. Alguns anos depois fomos nós, Ganseki Dojo, estes representantes.
Foi no mesmo ano de 2005 fundamos o Ganseki Dojo. Embora dessemos aulas muito tempo antes, neste ano criamos uma outra proposta de crescer nossa visão do aikido, seguindo a nossa missão mais concretamente. Éramos da Nippon Kan Brasil nesta época; que havia sido récem-criada. Permanecemos até 2008 e resolvemos não permanecer no novo projeto da NKB, filiada a Brasil Aikikai e separada de Homma Sensei.
Depois de alguns meses avaliando, me filiei a Kawai Sensei e a união sul americana, e lá permaneci até a sua morte em 2010. Após o falecimento de Kawai Sensei, no inicio de 2010, estava passando por alguns problemas e também atento aos movimentos dentro da organização. Decidi no final do ano que ia me afastar e deixar meus alunos seguirem o caminho Ganseki. Na união ou não. A pedido deles reconsiderei; e no inicio de 2011 era o primeiro representante da Sansuikai no Rio de Janeiro. A Sansuikai foi criada internacionalmente para difundir o aikido e dar crescentes opções técnicas a todos. E evitando políticas acima do aikido. Isto o que queriamos a muito tempo. O criador da Sansuikai, nosso mestre, dispensa apresentações: Yoshimitsu Yamada, o shihan aikikai, 8º dan, orientador técnico e representante junto ao Aikikai Hombu Dojo/Aikikai. Junto a ele, divulgando o aikido pelo mundo está seu aluno, Donovan Waite, 7º Dan Aikikai. Em 2011, em seminário em Piracicaba (onde estava orgulhoso com meus alunos), eles dois ministraram um seminário comemorando 20 anos de Brasil. Nestes 20 anos foram muitos por eles orientados e apoiados . Entre outros, os 6º dan, Severino Sales, Ricardo Leite Sensei, Breno Sensei, Eduardo Dutra Sensei e Wagner Bull Sensei. Destes somente Wagner Bull hoje, não tinha boas relações com Yamada Shihan.
– GRUPOS AIKIKAI HOJE NO RIO:
Voltando especificamente ao Rio, todas estas trajetórias individuais e coletivas formaram o que é hoje o aikido carioca. Alguns grupos de SP, com formaçoes menores no RIO, com um ou dois professores, passaram a nao ter mais representaçoes ativas. Após a pandemia houve um baque muito grande em todas as artes marciais e o aikido do Rio sofreu muito com isso. Contribuiu para o enxugamento de muitos grupos. Hoje então temos na cidade, ligados a aikikai:
– DOJOS SHIKANAI ou AIRJ
– Alberto Sensei, Antonio, Pedro Paulo, Nelson Miranda, Sensei Ortega e inúmeros outros, sendo estes os mais antigos. Atualmente Bento Sensei não ministra mais aulas regulares. Bento Sensei hoje, pelo que sabemos, está afastado das aulas regulares aparecendo em algumas ocasiões. Em 2018 Sensei Nelson se afastou um pouco do aikido Rio de Janeiro. Não se afastou definitivamente na epoca, mas devido a questões pessoais teve que encerrar seus treinos no Cosme Velho. A alguns anos se afastou do aikido RJ. Ficou um tempo ministrando aulas em nosso dojo. Está afastado no momento atual.
– UNIAO BRASILEIRA DE AIKIDO
– Representado no Rio pela Ganseki Kai de Walter Amorim. Walter Amorim Sensei é representante direto da Uniao Brasileira de Aikido. Conta com mais 15 faixas pretas, entre sandan, nidan e shodans.
Desde 2016 representa tambem o grupo, o sensei Mateus Aldin, aluno de Marcus Caires Sensei, que se mudou de SP. A UBA é formada pelos antigos alunos brasileiros de Yamada Sensei que após sua passagem, formaram a UBA. Antes o grupo era a SANSUIKAI. A UBA é um dos poucos grupos brasileiros com representaçao direta do Hombu Dojo.
– RIO AIKI– Grupo filiado a APA de Sao Paulo por meio da ligaçao com o Sensei Leonardo Sódre. A formaçao do grupo é relativamente recente, sendo quase todos os seus integrantes egressos do antigo Leoni Dojos.
– INSTITUTO TAKEMUSSU/Brasil aikikai – Do instituto Takemussu diretamente ligados ao grupo de Wagner Bull sensei temos Sergio sensei, Mauro Salgueiro e o Marco Aurelio San(kitoji).
FEPAI – EMA: Sylvio Meireles e seus alunos Cláudio serra, George Leonardo entre outros.
CÍRCULO DO AIKIDO – Alunos de Sensei Gentil, que hoje reside no rio Grande do Norte: Julio Galhardi, Cristian Yoyens, entre outros. Em 2023 entrou no grupo Marcio fontes. Conforme informação do próprio Marcio estava, após a saída do I. Maruyama ligado a Federação de Lutas do Estado do Rio de Janeiro, cujo presidente é o Sr. Robson Gracie. Não estava ligado a nenhum grupo de aikido específico, tendo seu próprio grupo. Em 2023 retornou a aikikai e se ligou ao círculo do aikido.
Outros sensei:
– Instituto Maruyama – Começou com Ricardo Martins no RJ e teve alguns instrutores adeptos. Hoje somente Claudio de Almeida segue no grupo. Entraram por volta de 2006 Marcio Fontes, Luiz Peixoto e Claudio Almeida. Ficaram os 3 até 2012 permanecendo Claudio a partir de então. Claudio era um antigo aluno da manhã da academia do Munzer no Saara na época da Nippon Kan. A academia fechou e este passou a treinar no cosme velho com Ikeda Sensei ligado ao inst Maruyama, na manhã. Alguns anos depois Ikeda foi para o Japão e Claudio, já shodan, assumiu as aulas. Em 2013 soubemos Marcio Fontes não pertencia mais o instituto Maruyama e Luiz Peixoto também não. Não sabemos mais informações deste último. Se dá aulas ainda inclusive. Permaneceu apenas Claudio Almeida. Alguns anos atrás faleceu Claudio.
Pelo que se sabe, nao existe mais filiaçao ao instituto maruyama no Rio de Janeiro.
–FEBRAI – Alexandre Salim. Atualmente nao parece que esta ministrando aulas. A informaçao carece de mais fontes. Nao existiria mais portanto a FEBRAI no Rio de Janeiro.
– Sensei Carlos Nogueira: Foi aluno de Shikanai Sensei e saiu do Brasil indo para os EUA e em seguida para o Japão onde ficou por cerca de 2 anos. Voltou ligado a Saito Sensei nos anos 90, tendo treinado com Morihiro Saito Shihan focando o treino no chamado estilo Iwama, fundando a Iwama Brasil. Mantém o nome até hoje embora não esteja filiado ao grupo criado pelo filho de Morihiro Saito – Hitohiro Saito (shin shin aiki shurenkai – dentou iwama ryu ). Sensei Nogueira manteve o nome Iwama Brasil e seguiu independente. Não sabemos como está em relação a filiações hoje, mas a última informação que temos, é que estaria independente.
– Ricardo Martins: 2º Dan Aikikai aluno hoje direto do Shihan Yamada Yoshikazu 7º Dan (Kojira Jyukko Kanie Dojos) Ex-aluno dos mestres Shihan Masakazu Kitahira 8º Dan (Hiroshima Aikikai), Roberto Maruyama 6º Dan (Instituto Maruyama e Ex- Pres. do Brazil Aikikai), Sensei Severino Sales 6º Dan (Pres. FEBRAI), Sensei Pedro Paulo 5º Dan (Aikidô Rio de Janeiro), Sensei Adélio 4º Dan, Sensei Ortega 4º Dan (Aikidô Rio de Janeiro), Sensei Luis Cláudio 2º Dan (Instituto Takemussu) e do saudoso Mestre Clóvis (Círculo de Aikidô) com quem iniciou seus treinamentos em Aikidô em 1986 na academia SCRETT no Leblon Rio de Janeiro. NOTA: Atualmente nao temos informaçoes se ainda permanece filiado ao Kojira Jyukko Kanie.
– Kojira Jyukko Kanie Dojos: Representado no brasil pelo sensei Renne Bintencourt. Atua em Niteroi. Nao temos muita informações deste grupo. O site www.kohirajuku.com está fora do ar.
Leoni Dojos: Como representação Brasil Aikikai tinhamos o Leoni Dojos, que com sede em Búzios, tínhamos diversos alunos no Rio. Estes últimos formado por remanescentes da antiga Nippon Kan Br e com outros filiados, basicamente do Instituto Takemussu, que se filiaram diretamente a este grupo. Algumas questões criaram divisões no grupo que dos 6 dojos filiados, sairam 5 para formar a RIO Aiki.
Só sobrou um dojo e um sensei. Este tambem nao está mais no I. Takemussu e segue um trabalho independente, apoiado por Luc Leoni que retornou a França.
Outros estilos:
– Shodokan: Existem ainda 3 grupo de aikido shodokan: Do grupo Tada (Shodokan), de seu antigo aluno Paulo Henrique, que fundou a Facerj(independente) e outros alunos destes que fundaram a ARSA RIO
– Ki Aikido: Jorge Pretyman (antigo aluno do AIRJ quando chegou ao Brasil, mas voltou as origens pois começou o aikido com nada menos que o próprio Tohei no Havaí no Ki Aikido. Atualmente não leciona, pelo que parece. No ki aikido, dando aulas em Niterói, temos o sensei Ubiratan.
– Shin shin aiki shurenkai – dentou iwama ryu: Alvaro Carvalhaes a partir de 2012 e que antes era Brasil Aikikai conforme citado. Álvaro Carvalhaes se desfiliou da Brasil Aikikai e do Leoni Dojos. Se filiou ao sensei Jose Silva de São Paulo, sendo este ligado a shin shin aiki shurenkai Sentou iwama ryu – de Hitohiro Saito Sensei.
Nota1: destaquei professores principais e instrutores antigos ligados a eles com dojo ou turma própria fora do local do líder.
Nota 2: Destaquei somente a cidade do Rio de Janeiro e Niterói que foi um grande pólo também devido ao trabalho desenvolvido lá ainda no inicio do aikido por aqui quando Shikanai Sensei sai de Copacabana para dar aulas lá.
Peço desculpas pela omissão de algum nome importante na lista. Por favor, ajudem quem tiver mais informações. Algumas surgiram, passaram para nós e acrescentamos. Podemos sempre melhorar o texto, e a narrativa dos fatos. A fim de dirimir dúvidas, este relato conta a historia do aikido do rio da melhor forma a se ter entendimentos de alguns movimentos que ocorreram desde a introdução desta arte marcial em nossas terras por Nakatami sensei.
NOTA ADICIONAL: O texto original foi modificado ao longo tempo, em grande parte pela colaboração de pessoas que viveram diretamente alguns percalços, o que enriqueceu a narrativa, como foi o caso de Mauro Salgueiro, Ricardo Martins, Marcio Fontes, entre outros, Agradecemos também enormemente o texto original de sensei Santos. Um presente. É claro que não é possível agradar a todos. Falo isso por que já me disseram que alguém se desagradou da iniciativa de contar essa historia, e postou críticas em algum lugar dizendo não ser assim que ocorreu determinado fato narrado. É um fato isolado pelo que parece, mas pode ocorrer. Ao invés de, como nossos amigos citados, utilizar o pensamento aiki de unir e progredir a narrativa, tão interessante para os novos, e nos enviar uma mensagem direta para que pudéssemos melhorar o texto, parece que preferiu apenas a crítica. É esperado. Alguns treinarão 10, 20, 30 anos e só aprenderão técnicas.”Dicere et facere non semper eiusdem.”(Dizer e fazer não são sempre da mesma pessoa) Mas de qualquer forma, nesse caso, foi fácil resolver, pois o melhor caminho foi eliminar ao máximo referencias no texto, sem prejuízo a narrativa, pois não se trataram de fatos relevantes para se contar essa historia do aikido no Rio de Janeiro.
Parabéns a nosso novo faixa marrom, Luiz Viana, que apresentou excelente aproveitamento em seu exame. Por questões pessoais relevantes foi efetuada a realização do exame fora do exame geral.
Parabéns também aos ukes que, que colaboraram muito positivamente no resultado do exame:
Leonardo Galvão – 1o kyu , Waldecy de Lima – 1o kyu, Lucas marques – 3o kyu, Wellington Maia – 3o kyu e Marcos Pinna – 3o Kyu.
Da esq para dir: Y. Kobayashi, (?), N. Tamura, M. Noro, (?), Y. Yamada.
Baseado em um artigo anterior de um site que um aluno me enviou fiz uma atualização e acréscimo. (Desculpem mas não lembro qual, mas parece que já é uma tradução de um original do Aikido Journal. Depois devo ter a colaboração de alguns dos leitores e vou poder atualizar mais a origem, como merecido)
Eu, assim como a maioria dos praticantes, sempre querem saber sobre estes mestres quer por meio do aikido modificam nossas vidas e que se vão e deixam para nós a missão de continuar digna e humildemente a trilhar o caminho e manter a arte. Que tenhamos a noção da responsabilidade que é.
Muitos Shihan foram decisivos e pioneiros na divulgação do aikido fora do Japão. A partir de 1960 que isso começou a ocorrer. Não só na Aikikai como em outros estilos, embora indiscutivelmente a expansão tenha se dado principalmente por meio da aikikai. A maioria desses shihans foram alunos internos de O-sensei Morihaei Ueshiba ensinado o aikido ao ocidente. Estes Shihan são os portadores de uma parte importante sem igual do legado O-Sensei. O aspecto individual do aikido está manifestado em cada tipo de entendimento e modo de trabalhar o aikido e os ensinamentos de O-Sensei que cada um apresenta. Isto reflete-se não só para eles mas para todos aqueles tem a oportunidade de contato com estes mestres. Apesar da individualidade do mestre, cada um representa a dedicação ao espírito do Aikido e a manutenção da técnica, aperfeiçoamento constate, e sem final desta arte tão complexa. E que tem o poder de tamanha modificação do praticante realmente dedicado a ela.
Seigo Yamaguchi Nascimento: 13 abril 1924, Fukuoka.
Sendo apresentado a Morihei Ueshiba Sensei (Ueshiba Sensei: O Sensei), ele se tornou Uchi-deshi de O Sensei e treinou aikido até o fim da vida dele.
Como uma missão ele ensinou Aikido oficialmente para a Birmânia; agora Myanmar, no Exército Nacional, durante dois anos. Era uma missão cultural nacional japonesa, mas também parte de compensação para a Guerra. Ele ensinou Aikido no dojo central (Hombu Dojo) e outro dojos. No Hombu Dojo ele administrou freqüentemente seminários especiais para pessoas da alat classe japonesa. Ele às vezes deu conferências aos times de beisebol japoneses profissionais. Além do dojo de Hombu, ele ensinou nas Universidades e outros dojos privados. Entre este dojos, Zoshukan (a Shibuya: Sudoeste central de Tóquio) era o dojo privado mais importante onde os alunos estavam limitados a treinar no chão, (sem tatames). Começou a organizar seminários na Europa, Paris, Mannheim (Germany), e Oxford e redondezas. A Universidade de Mannheim estabeleceu curso de Aikido e o convidou formalmente. Foram feitas gravações de vídeos dele em Paris, Oxford, Mannheim, e Munique em seminários de fins de semana pelo filho dele, Tetsu Yamaguchi, em 1990. Às vezes Yamaguchi Sensei ia para a América do Sul em países como o Brasil, Argentina e Uruguai. Ele também visitou os Estados Unidos (em Nova York para ver seu amigo Yamada Sensei) e Havaí. Aos 70 anos, organizado pelo filho dele Tetsu Yamaguchi, ministrou seminários especiais. Estes seminários especiais aconteceram a Kamakura e Katsuta no Japão. Faleceu em casa em 24 janeiro de 1996, embora tenha ensinado Aikido até dois dias antes em seu dojo.
A cerimônia funerária em 1996 foi organizada pela família dele em templo de Taisoji em Shinjuku e mais de 1000 pessoas compareceram à cerimônia durante dois dias. Demonstrações comemorativas foram organizadas em Kamakura, Universidade de Meiji, Universidade de Nagoya e Katsuta.
Akira Tohei
Tohei Shihan nasceu 20 de agosto de 1929, na Provincia de Tochugu, no Japão. Com 15 anos, ele se alistou no exército japonês para a SEGUNDA GUERRA MUNDIAL e recebeu treinamento como um piloto kamikaze. Afortunadamente a guerra terminou meses antes que ele fosse voar em sua missão suicída. Depois que a guerra terminou, o Japão estava um caos e Tohei Shihan estava no limbo, enquanto procurava algo para dar significado à sua vida, e servir melhor o seu país. Ele tinha ouvido falar de uma arte relativamente nova: O Aikido. Uma arte marcial não só para prover disciplina ao próprio espírito da pessoa, como também autodefesa sem dano para o atacante. Em 1963, Tohei foi convidado pelo fundador do Aikido para acompanhar seu filho, Kisshomaru Ueshiba em uma turnê de três meses de dojo de Aikido no Havaí. Após o que, Tohei foi convidado para ficar e ensinar Aikido em todo o Havaí por nove meses. Para os próximos oito anos Tohei, além de seu ensino na sede, também foi instrutor na Universidade da Asia, Economia Akita, Universidade Keio, Universidade Nihon da Mulher, o Ground Self-Forças de Defesa e Naval Forças de Autodefesa. Em 1964, ele retornou para o Japão e se juntou ao corpo docente na Sede Mundial de Aikido (Hombu Dojo). Em 1966, Hombu Dojo promoveu Akira Tohei o título de Shihan, ( ou Mestre Instrutor”professor dos professores”) pelo fundador do Aikido. Em 1972, Então o Hombu Dojo o enviou para América, especificamente para se tornar o instrutor principal da Região do Meio Oeste da Estados Unidos Aikido Federation, sediado em Chicago, Illinois.
Ele começou sua prática de Aikido em 1946 sob a instrução direta de O fundador do aikido, Morihei Ueshiba.
Tohei Sensei foi promovido ao 8 º dan de Aikido em 1989 pelo Doshu, Kisshomaru Ueshiba, filho do fundador. Ele também atuou como presidente, da Comissão Técnica da Força Aérea norte-americana e Shihankai.
Através da orientação e liderança de Tohei Sensei , nos EUA, a federação de Aikido cresceu para mais de 50 dojos por todo o meio oeste. Até sua morte, em 02 julho de 1999, ele era o mais antigo instrutor de Aikido nos Estados Unidos.
Sempre que perguntam por técnicas de Aikido, filosofia ou espírito, Sensei respondia depois de mais de 50 anos de dedicação a compreensão do Aikido sempre qualificava a resposta dele como “eu penso” ou “Em minha opinião”, nunca presumindo que ele estava correto ou os outros incorretos. (um exemplo que muitos outros não seguem com poucos anos de aikido e experiência infinitamente pequena em relação a um mestre desse calibre) A humildade do Sensei foi expressada sempre por suas ações. Por exemplo, toda vez que Sensei se curvou era como se fosse a primeira vez, expressando humildade, respeito e gratidão, sejá para Kamiza de O-Sensei, os instrutores dele, o sempai dele, o kohai dele, ou os estudantes dele. Tohei Shihan
T. K. Chiba
T.K. Chiba nasceu 5 de fevereiro de 1940 em Tóquio. A 14 anos de idade, ele começou praticar Judô na Academia de Judô Internacional no Japão. Ele começou a estudar ShoToKan Karate com 16 anos. Descontente com as artes marciais que ele tinha estudado até aquele momento, ele começou a procurar a arte que satisfaria seus anseios.
Em 1958 ele achou o Aikido e treinou sete anos intensivos como uchideshi de O’Sensei, no Hombu Dojo. Antes das 1960, Chiba Sensei ganhou o grau de San Dan, 3º grau faixa preta, e foi enviado para a Cidade de Nagoya para estabelecer uma escola filial e servir como seu instrutor em tempo integral. Em 1962, ele ganhou 4º Dan e começou a ensinar no Hombu Dojo. Dentro de três anos, durante os quais ele ensinou em muitas universidades locais, Chiba Sensei completou o treinamento dele como uchideshi, ganhando promoção a 5º Dan.
Chiba Sensei se mudou para Sunderland, Inglaterra, em 1966. Lá ele formou o grupo Aikikai da Grã Bretanha que depois mudou seu nome para Federação de Aikido britânica. Como parte da divulgação mundial de Aikido, Chiba Sensei foi enviado para a Grã-Bretanha em 1966, onde fundou a organização do país Aikido primeiro nacional, o Aikikai da Grã-Bretanha, mais tarde conhecida como a britânica de Aikido Federation. Atualmente Chiba Sensei é o diretor técnico da Aikikai Britânica, um grupo formado por estudantes ao longo tempo que Chiba Sensei esteve na Inglaterra.
Durante o ano de 1970, ele foi promovido ao título de Shihan, e recebeu o 6º Dan. Em 1975, Chiba Sensei voltou ao Japão e serviu como Secretário do Departamento Internacional do Hombu Dojo. Durante este tempo ele estudou também meditação de Zen na Cidade de Shizouka.
Em 1981, ele aceitou um convite de Sensei Yamada, já presidente da Federação de Aikido dos Estados Unidos – USAF (diretamente filiado ao Hombu Dojo), mudando para San Diego, Califórnia, onde abriu San Diego Aikikai. Nos próximos 25 anos, como Instrutor Chefe de San Diego Aikikai e presidente da Comissão de Ensino, dirigiu a Força Aérea da Região Oeste, enquanto continua a viajar e ensinar na Grã-Bretanha e Europa continental. Em 2001, Chiba Sensei fundou Birankai International, uma organização de Aikido nova projetada para reunir todos os seus alunos em todo o mundo sob um só guarda-chuva. Em 2008, aposentou-se como Sensei Instrutor Chefe da San Diego Aikikai. Ele permanece como fundador da Birankai Internacional e Diretor Técnico da British Birankai e Presidente Honorário da NA Birankai Conselho Superior. Continua a ensinar seminários e Summer Camps em todo o mundo. Possui atualmente a graduação de 8o dan.
Mitsunari Kanai
Nascido em 1938. falecido em 2003. Kanai Sensei entrou no Aikikai em 1958 como um uchideshi no Hombu Dojo. Ele veio para os Estados Unidos em 1966 e subseqüentemente fundou o New England Aikikai. Ele foi fundamental no desenvolvimento do Aikido nos Estados Unidos e Canadá. Ele ministrou vários seminários ao longo do tempo nos Estados Unidos, Canadá e Europa. Mitsunari Kanai era um dos últimos uchi-deschis (estudantes internos) que estudou intensivamente durante mais de dez anos com O Sensei. atingiu o oitavo dan em Aikido, e também teve treinamento extenso em outras artes marciais do Japão, sendo especialista no uso da espada. Kanai Sensei foi fundamental na fundação da Federação de Aikido dos Estados Unidos da América (USAF) e foi seu Director Técnico para o leste dos Estados Unidos. Ele é um dos fundadores e foi diretor Técnico da USAF. Kanai Sensei ensinou no Japão, Europa, e ao longo dos Estados Unidos e Canadá. Ele faleceu em 28 março de 2004.
Yoshimitsu Yamada Sensei
Yoshimitsu Yamada, 8° Dan de AIKIDO, nasceu em 1938 em Tóquio, Japão. Em 1955 foi aceito como Uchideshi (estudante interno ) no Hombu Dojo (Dojo Central de AIKIDO) para estudar esta arte com o Grande Mestee Fundador Ueshiba Morihei.
Lá estudou diretamente com Fundador do Aikido Morihei Ueshiba, e seu filho Kishomaru, por mais de 10 anos. Foi a pessoa designada para ensinar nos dojos das tropas americanas de ocupação e lá aprendeu Ingles. É graduado em Administração de negócios. Em 1964, como 4 DAN, foi enviado aos EUA quando fez uma demonstração marcante na Feira Mundial em Nova Iorque. Desenvolveu uma grande e próspera organização e uma legião de seguidores nos Estados Unidos. Atualmente é o chefe do New York Aikikai e também chefe máximo da USAF, (Federação Norte Americana de Aikido) Yamada sensei possui muitos seguidores no mundo, principalmente na Europa e na América Latina, onde é o presidente e da SANSUIKAI INTERNATIONAL. Foi fundador da FLA (Federação Latino Americana de Aikido) e é considerado hoje um dos maiores líderes do Aikido mundial, e freqüentemente realiza grandes seminários em todo o mundo.
Desde 1990 vem ao Brasil, nos honrando com Seminários onde transmite conhecimento teórico, filosófico e valoráveis experiências vividas ao lado de O’Sensei. Todos salientam sua personalidade carismática, simpatia e jovialidade. Porém, seu caráter afável não diminui sua firmeza e a estabilidade com que preserva a transmissão do Aikido.
Tolerante e paciente, sabe aceitar as diferentes idiossincrasias das delegações que dirige e supervisiona, enquanto encarnando com a presença dos princípios que sustentam a prática do Aikido: flexibilidade, paciência e harmonia. Tecnicamente, Yamada sensei é conhecido por movimentos muito redondos e fluidos, porém extremamente fortes e poderosos. A estabilidade de seu quadril quando se movimenta com seus braços estendidos fluindo energia, fazem dele um modelo vivo para a ideia de que o Aikido seja uma esfera dinâmica.
Yamada Sensei é conhecido muito bem por sua técnica básica desobstruída e forte. Ensina em seminários por todo o mundo onde os milhares de estudantes freqüentam suas aulas.
Citações:
“nós devemos manter o espírito do budo não importa como nós praticamos.”
Seiichi Sugano
Nascido em 1939. falecido em 2010. Sugano Sensei entrou no Aikikai ao redor 1957 e se tornou um deshiuchi depois de aproximadamente um ano. Ele se mudou para a Austrália em 1965 para ensinar Aikido. Ele abriu caminho a expansão de Aikido na Austrália e Nova Zelândia antes de se mudar para a Bélgica para instruir na Europa em 1979. Ele reside atualmente nos Estados Unidos e ensina no Nova Iorque Aikikai com Yamada Sensei. Ele ministrou seminários de Aikido em todo o mundo .
Seiichi Sugano, 8 º Dan, Shihan
(17 de dezembro, 1939 – 29 de agosto de 2010)
Nascido em 1939 em Otaru, Hokkaido, Sugano Sensei vinha estudando judô há seis anos quando leu sobre o aikido em uma revista e foi ao Hombu Dojo em 1957, para começar seu treinamento. Após cerca de um ano, entrou para o programa uchi deshi. Esse período foi muito intenso para ele, que estava totalmente focado na formação e em O’Sensei.
“Para mim,”ele recorda, “O Sensei foi o auge. Meu treinamento foi voltado totalmente ao esforço para este auge da arte.” “Mesmo quando estamos ensinando muito tecnicamente, ninguém é igual a ele. Ele era uma pessoa única e ninguém poderia realmente copiá-lo. Assim, talvez a maior influência dele é, provavelmente, fazer com que cada pessoa fosse livre para procurar algo individualmente.”
O caminho próprio de Sugano Sensei levou-o a viver e ensinar em diferentes partes do mundo.
Em 1965, mudou-se para a Austrália, permanecendo por 13 anos, e que criou lá uma forte base de aikido. Ele então se mudou para a Bélgica, e começou a ensinar em toda a Europa antes de chegar a Nova York no final dos anos 80. Em 2003, ele perdeu a perna esquerda abaixo do joelho resultado de uma infecção bacteriana. No entanto, ele não deixou esta mudança afetar o seu espírito, seu entusiasmo pelo ensino, nem a sua abordagem perante à vida.
Ele viajou pelo mundo regularmente, ensinando o Aikido e inspirando seus alunos. Em 29 de agosto de 2010, Sugano Sensei faleceu. Uma grande perda.
Ichiro Shibata
Nascido em 1950. Shibata Sensei começou Aikido praticante na idade de 16 e se tornou um uchi deshi Aikikai em 1970. Em 1981 se torna Shihan. Ele instruiu no Hombu Dojo e em várias universidades antes de se mudar para a Califórnia em 1989 sendo o instrutor principal do Berkeley Aikikai. Em 1994 foi promovido a 7º Dan. 2006 muda-se para Phoenix – Arizona, para estabelecer Phoenix Aikikai Aikido Shibata Juku. Ele administra seminários regularmente ao redor dos Estados Unidos e internacionalmente.
Nobuyoshi Tamura
Nascido em 1933. Falecido em 2010.
Tamura Sensei se tornou um uchideshi ao Aikikai em 1953. Ele era o uke favorito de O-Sensei, enquanto acompanhava o Fundador em numerosas demonstrações e também na única visita dele para os Estados Unidos no Havaí em 1961. Ele se mudou para Marselha, França, em 1964 como representante oficial do Aikikai. Ele foi a influência principal no crescimento enorme de Aikido na Europa Ocidental e Oriental. Ele foi Diretor Técnico em numerosos países europeus e federações e membro do Conselho Superior do IAF. Ele administrou muitos seminários ao longo do mundo, principalmente, na França e na Europa. Ele foi o Diretor Técnico Nacional (DTN) do FFAB (Federação francesa de Aikido e Budo). Chegou ao 8º dan, e o título de Shihan. Ele treinou muitos outros instrutores ao longo de vários países na Europa Ocidental (França, Espanha, Itália, Alemanha, Bélgica, Suécia, Suíça, Áustria,…) mas também em países diferentes ao redor do mundo, em seminários. Ele recebeu a medalha de “Chevalier de l’ordre du Nacional Mérite” do governo francês em 1999. Tamura Sensei publicou vários livros em Aikido (em francês). O dojo dele (Shumeikan Dojo) fica situado village of Bras (Var, França).
SaoTome
Mitsugi Saotome, Shihan é instrutor Aikido Shobukan Dojo e Mestre da Escola de Aikido Ueshiba.
Durante quinze anos até que o Fundador houvesse falecido em 1969, Saotome Sensei viveu como o uchideshi, estudando a prática e filosofia de Aikido. Saotome Sensei deixou uma posição altamente respeitada como um instrutor sênior à Sede de Aikido Mundial em Tóquio em 1975 ao vir para os Estados Unidos. Quando perguntou por que ele tomou esta decisão ele respondeu, ‘eu meditei com O Sensei durante três dias e três noites ele e eu, senti que ele desejava que eu parti-se. Este país é uma grande experiência, de muitos fundos culturais diferentes que vivem juntos, que o mundo condensou em uma nação. A meta de Aikido e o sonho de O Sensei é que todos as pessoas do mundo vivessem juntos como uma família, em harmonia entre si.. Os Estados Unidos têm a oportunidade de ser um grande exemplo.”
Enquanto Saotome Sensei reside e ensina no Dojo na Flórida, ele freqüentemente ensina no Aikido Shobukan Dojo, em Washington, D.C. durante aproximadamente oito semanas todos os anos. Ele também viaja pelos dojos associados a Escola de Aikido de Ueshiba, que ele e os estudantes dele abriram ao longo dos anos.
SaoTome Sensei deu muitas demonstrações da sua arte no estrangeiro, entre elas, as demonstrações para a Academia de Paz Internacional e Comunidade Diplomática na Casa do Japão na Cidade de Nova York. Ele escreveu dois livros: Aikido e a Harmonia de Natureza, um estudo detalhado da relação de Aikido com o momento e os fenômenos naturais; e Os Princípios de Aikido.
Hiroshi Kato
Hiroshi Kato, nasceu em Tokyo, 1935.
É um mestre de Aikido de renome mundial com graduação de 8º Dan. Ele vive em Tokyo, Japao, e viaja ao redor do mundo divulgar o conhecimento dele sobre a Arte de Aikido. Sensei Kato era um estudante de Morihei Ueshiba. Desde 1975, Sensei Kato tem ensinado em seu Dojo “Suginami Aikikai” situado no distrito de Ogikubo e tem mais de 100 estudantes.
Iniciou no Aikido treinando no (Hombu Dojo) debaixo da instrução do Fundador, O’Sensei. Introduido a Aikikai pela sua mãe quando ele tinha 19 anos. Ele treinou lá diariamente, passando horas aperfeiçoando a prática pessoal dele. Trabalhava durante o dia, e assistia aulas à noite. (Por isto ele não pôde ser um uchideshi, e não aparece em fotografias como os ushideshis. Ele continuou treinando regularmente durante mais de 52 anos no Aikikai Hombu Dojo, embora em recentes anos, ele assiste à classe de sexta-feira de Doshu e outros eventos especiais. Sensei de Kato tem assistido a aula de Doshu por três gerações: o Fundador, o segundo Doshu, e o terceiro e atual Doshu. Ele recebeu até o 6 dan dele das mãos do proprio Fundador, e os outros graus do segundo Doshu.
Depois dos primeiros 10 anos dele no Hombu Dojo, Kato-sensei teve chances para servir o Fundador ocasionalmente de forma pessoal. Ele agradece essas oportunidades de ter tido interação pessoal com O’Sensei. Agora continua percebendo implicações muito reais do que o Fundador lhe contava muitos anos atrás. Ele ainda está procurando Aikido pela imagem do Fundador, de acordo com Kato-sensei, “Para mim, o Fundador não está morto. Ele ainda está vivo em minha mente e em meu coração.”
O Aikido de sensei Kato tem uma medida de espiritualidade muito pessoal. Antes de começar a aula, Kato Sensei tem o hábito de vir cedo ao dojo para meditar. Desde que ele era jovem, ele visita freqüentemente santuários monteses.
Kato Sensei tem um enorme respeito por O’Sensei e o considera ser o único professor dele. Ele declara que o Fundador não o ensinou diretamente por muito tempo. Sensei Kato acredita que outros não podem ensinar Aikido. Ele resume isto dizendo, “Aikido não é algo que se aprende de outros, mas aprender por si mesmo. Idealmente, a prática deveria ser para a si mesmo, e deveria ser rigorosamente uma disciplina, pela própria escolha da pessoa.
Sensei Kato é um guia soberbo e criativo para os estudantes dele estabelecendo “Wa” (harmonia), em espírito, na vida diária e no Aikido.
As pessoas tóxicas jogam jogos para roubar a energia que você tem de utilizar para realizar seus sonhos e metas, assim como para viver em harmonia consigo mesmo e com os demais tirando a paz, que é sua por direito, de experienciar e viver.
As pessoas tóxicas, não sabem que são tóxicas – estão doentes e adoeçem aos demais, porem não tem consciência de seu grau de toxicidade.
As pessoas tóxicas falam o tempo todo, não valorizam o silêncio, a meditação, a oração – não podem faze-lo porque, como tóxicos, necessitam desesperadamente da energia que você proporciona para que suas vidas possam ter algum sentido e, se você joga o jogo, elas se energizam às suas custas e você cairá completamente desfalecido devido a um intercâmbio energético completamente inadequado e inútil, para a evolução e crescimento pessoal de todos os envolvidos.
Você saberá se está com pessoas tóxicas quando a conversa se baseia em desqualificar, criticar, aberta ou sutilmente, as pessoas presentes ou ausentes, de tal forma a minar a autoestima e o valor da pessoa, pelo menos para o conceito e forma de ver a vida do outro que, obviamente, nao coincide de maneira alguma com a sua visão.
As pessoas tóxicas não gostam de aprender através dos demais já que, para eles, não há nada que precisem assimilar; em suas mentes pensam que são os outros que tem de aprender com elas, mesmo quando vivem vidas miseráveis.
As pessoas tóxicas querem harmonia, felicidade, prosperidade e saúde, discutindo, provocando conflitos, falando da infelicidade que as circunstâncias externas provocam em suas vidas, da escassez, da morte, da obscuridade, sem entender que existe apenas um caminho para a evolução pessoal que é através da luz, da boa vontade e do reconhecimento humilde dos erros cometidos para que possam ser corrigidos, dentre outras coisas…
Todos convivemos com pessoas tóxicas, e analisar o grau de toxicidade que nós temos em nossos modelos mentais e de comportamento interpessoal, na maioria das vezes, isto constitui um ponto cego…. é compreender que não temos consciência de que estamos de alguma outra forma contaminados.
Porém, é muito fácil para você saber se está contaminado, observando os sintomas da enfermidade espiritual:
– Perca da paz interior
– Discussões acaloradas fora de todo contexto racional e das boas maneiras.
– Incômodos físicos, dores de cabeça, dores musculares, dores de estômago, enfim, qualquer dor em seu corpo está indicando a desconexão da fonte adequada de energia e a conexão à uma fonte altamente tóxica para sua saúde.
Existem tipos distintos de pessoas tóxicas e graus de toxicidade:
– Os Intimidadores: são as pessoas que discutem, sempre querem ter razão, ameaçam, ofendem verbalmente e, no pior dos casos, partem para a agressão física.
– Os Distantes: te ignoram, te transformam numa pessoa absolutamente invisível, você simplesmente não existe. E, através de uma atitude maquiavélicamente premeditada, te faz sentir um zero à esquerda. Essa é a idéia: roubar sua atenção e energia.
– Os interrogadores: são os críticos audazes disfarçados no que, na atualidade, se denomina “crítica construtiva” porém, no fundo, são habilidosos em destruir pouco a pouco através de um questionamento incessante sobre sua conduta, atos e maneira de ser para roubar sua energia e fazer com que perca o valioso tempo para onde se deve focar na realização de suas metas e objetivos importantes, fazendo com que pareçam irrelevantes, quando realmente não são.
– Os “Pobre de mim…” (vítima) – São aqueles que desde que chegam a um encontro ou reunião, nao fazem outra coisa a não ser se lamentar de uma situação pessoal, ou do país, das condições do clima, da economia, dos pobres, dos ricos, do que seja! A idéia, neste caso, é fazer com que você se sinta culpado com sua felicidade e que não se importa com a realidade alheia ( a deles…). Demonstram um estado mental de pobreza e insegurança, impotência diante da vida e das circunstâncias, que não são capazes de assumir em sua totalidade, buscando atenção e carinho, deixando o ouvinte completa e absolutamente sem energia para desfrutar, viver e compartilhar de maneira natural, através de uma troca saudável, construtiva e edificante.
A forma que temos para sair vitoriosos desses encontros tóxicos, é estarmos preparados mentalmente para entender, e compreender, quais são os jogos que estão, ou estamos, jogando e decidir se participaremos ou não.
Assim, cairemos, ou não, em tentação com suas terríveis consequências.
Temos de entender que nossa paz é assunto nosso e não dos demais, que para discutir é preciso duas pessoas e que, no pior dos casos, se sentir que caiu involutariamente em algum jogo, tomar consciência e sair dele o mais rápido possível com a finalidade de melhorar sua energia e a qualidade do encontro, assim como pedir desculpas, ou perdão, diante de algum impropério ou imprudência, se faz preciso para agir com base na boa conduta e costumes de pessoas civilizadas em uma comunidade que quer prosseguir crescendo e evoluindo em conjunto e fazer dos encontros momentos especiais para a vida e para a boa recordação de momentos compartilhados.
Dia 11 de fevereiro próximo passado faleceu o shihan Masafumi Sakanashi.
Sensei Masafumi Sakanashi nasceu no Japão em 1954. Em busca de uma arte marcial menos violenta, praticou Tai Chi Chuan e depois encontrou Aikido. Seu primeiro instrutor foi o Sensei Kuwamori, Yamaguchi Sensei discípulo do Hombu Dojo. O mesmo Sensei de Christian Tissier. Desde 1978 ele se estabeleceu na Argentina. Fundou após o principal centro de prática do Aikido na Argentina: “Centro de difusão do Aikido”, localizado no coração da cidade de Buenos Aires, com mais de 50 filiais em todo o país. Ele morreu no dia 11/2 às 2 da manhã.
Interessante artigo de um site de kendo.. Se aplica a todas as artes marciais. Infelizmente…
…..Em todos os campos da atividade humana existem os bons e maus profissionais. A despeito de que tipo de serviços oferecem ou competência, sua formação é um elemento imprescindível para garantir a prestação autêntica de um trabalho que exige conhecimento profundo.
…..Obviamente, nas artes marciais, isso não é exceção. Para se atingir o nível de conhecimento e de técnica para lhe garantir o título de “instrutor”, é necessário um imenso investimento, que é muito difícil de quantificar em termos de tempo, dinheiro e sacrifícios diversos.
…..Nossa maneira objetivista de enxergar a formação profissional está relacionada ao termo “treinamento”. Para se exercer uma função específica, você será treinado por um profissional mais experiente e no mínimo de tempo possível, estará produzindo para a empresa onde trabalha. Da mesma forma, é possível estabelecer um paralelo com o ensino superior, onde cursos de quarto anos o tornam profissional especializado em determinada área.
…..Mas isso não se aplica às artes marciais, acredito. Não serão cursos técnicos listados em um currículo que irão determinar a competência de um instrutor. Tudo porque o fator “tempo” é crucial num julgamento preliminar que irá criar a impressão que temos de um instrutor. Com mais anos de treino, certamente ele é experiente e esse é o ponto essencialmente mais valorizado no universo tradicional das artes marciais.
Mochida Moriji – um dos últimos 10º dan
…..Percebemos isso quando perguntamos qual a graduação do instrutor. Se ele tem tantos dan, cria-se a imagem de um mestre que tem domínio e conhecimento para transmitir. Com menos dan, aparece a desconfiança em sua competência.
…..Justamente por isso, é complicado “verificar” a qualidade de um instrutor através de graduações. Mesmo com cálculos que listam a carga de treinamento em horas por ano, nada disso garante qualidade ensino. Sem falar que isso menospreza todo o esforço de anos em treinamento, pré-julgado sem maiores critérios.
…..No Japão, a imagem do instrutor é reverenciada. Ele geralmente tem um tratamento e respeito diferenciados pela sociedade, justamente pela responsabilidade que lhe cabe. E não é necessariamente em artes marciais, mas em todas as áreas que envolvem algum tipo de transmissão de conhecimento. Uma função com grande responsabilidade requer talento, além de dedicação e experiência.
…..Talvez seja a busca pelo status e respeito que a imagem do Sensei gera é que muitos se dedicam ao treinamento marcial, embora a busca de graduações como objetivo não seja estimulada pelos mestres. Mas o esforço de anos, talvez décadas para merecer tal status é, como disse anteriormente, muito difícil de quantificar.
…..Nesse meio, surgem aqueles que se intitulam mestres em artes marciais. Geralmente de origem duvidosa ou nebulosa, encabeçam associações e academias onde alegam ensinar técnicas de luta, muitas vezes orientadas para defesa pessoal. Neste artigo, pretendo categorizar alguns tipos de charlatães e discursar sobre possíveis motivações e autenticidade daquilo que ensinam – sem citar nomes ou grupos específicos, visando o auxílio de quem tenha interesse real em praticar artes marciais e se considera leigo, tanto nas lutas quanto em cultura oriental.
O fantasioso
…..É o tipo de charlatão que é auto-proclamado “mestre”. Gosta de se comportar como tal, aprecia a tradicional bajulação de sua posição e anda de peito estufado vomitando frases de efeito de cunho pseudofilosófico maquiadas com “orientalidades zen”. Geralmente, é um “teórico marcial” que discursa bonito como um marketeiro mas tem uma origem marcial obscura – não se sabe quem o treinou (sempre dizem que aprenderam de um “mestre oriental já falecido”) ou a que entidade está ligado no país de origem da suposta arte marcial. Muito menos quanto tempo tem de experiência ou comprovação de sua suposta graduação. Muitas vezes, não é possível comprovar sua real destreza e habilidade, pois se preserva de demonstrações.
…..Em muitos casos, esses tipos são verdadeiros fanáticos que inventam descaradamente estilos de luta e criam uma “história” de origem dela, geralmente algo folclórico e milenar. É comum que, em função de sua ignorância, compilam uma patética mistura incoerente de nomenclaturas, rituais, armas e roupas, de origem chinesa, japonesa e/ou coreana, entre outras.
…..Existem ramos mais exóticos – artes que são raramente encontradas em academias fora do país de origem, pois não possuem representação oficial no Brasil ou já são consideras “extintas”. Como a comprovação de sua legitimidade é difícil (mas nem tanto hoje, através de investigação na internet), proliferam os mais diversos estilos, alegados chineses, japoneses ou coreanos.
…..O perfil de seus estudantes geralmente é de pessoas que sentem grande necessidade de se destacar e baixa auto estima, dispensando o treinamento em artes tradicionais sérias e comprovadas, preferindo a “exclusividade” de se treinar algo raro e de pouco acesso as massas. É o clássico “o meu é melhor que o seu, portanto, sou especial”. O mesmo se aplica ao pretensioso e alienado “mestre”.
…..É preciso cuidado pois, em situação de defesa pessoal, ter treinado técnicas fantasiosas e floreadas de eficiência questionável é bastante perigoso.
E agora?
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O ganancioso
…..Este é um charlatão lesivo. Um pouco diferente do tipo anterior, o fanático fantasioso, este visa única e exclusivamente o lucro financeiro. Sua arte geralmente possui grande apelo da moda e seu marketing é agressivo e depreciador em relação às demais artes. Normalmente, o “mestre” é alguém que já foi treinado em alguma arte tradicional mas por algum motivo não atingiu graduação coerente com a função de instrutor. Desligando-se do ramo central de sua arte, desenvolve de alguma forma obscura técnicas supostamente eficientes e monta um currículo de modo a se tornar imponente e impressionante para angariar seguidores que o verão como “invencível”. Seu objetivo é formar o mais rápido possível “instrutores” que se espalharão e abrirão “franquias” de sua academia, divulgando seu recém-criado estilo de luta.
…..Como forma de captação financeira, ele cobra altos preços em comparação com a média do “mercado”, sempre argumentando que o aluno deve valorizar o que treina, pois é uma arte exclusiva. Se a arte demanda a compra de equipamentos, ele possivelmente aponta fornecedores parceiros ou próprios e impede o aluno ingressante de adquirir equipamento de terceiros, geralmente a preços bem mais baixos. É comum também a cobrança, com valores questionáveis, por seminários e cursos, que supostamente figurariam no currículo do aluno como possibilidade de graduação. Isso quando não há uma espécie de obrigatoriedade em se “federar” na arte, o que exige pagamento de taxas de anuidade. Sem falar nos famosos “cursos” para se graduar faixa preta em X tempo…
…..Beneficiando-se de uma espécie de sistema de pirâmide, sempre se mantém no topo, recebendo os rendimentos de seu “trabalho árduo”. Se for o caso de possuir inúmeras academias, raramente as visita e torna-se uma pessoa pouco acessível, consolidando a imagem de “mestre ocupado”, além de não treinar diretamente a massa de discípulos arrebatados, que recebem orientações de instrutores com pouquíssima e questionável experiência.
Tudo que o picareta deseja: seguidores.
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O separatista
…..Este é um caso particular onde não haja, necessariamente, charlatanismo. É sabido que nas diversas federações esportivas existem muitas divergências em relação a pontos de vista executivos e administrativos. Nas federações de artes marciais não é diferente.
…..Quando dirigentes não chegam a um acordo e a discussão acaba no âmbito pessoal, é comum que uma das partes peça desligamento da entidade. Porém, é possível que este dirigente e mais alguns membros seniores que possuem uma visão política similar se unam e criem uma nova federação. Geralmente, tais dirigentes são mestres graduados e possuem habilitação e capacidade de transmitir os conhecimentos marciais de forma tão plena quanto a facção original da entidade.
…..Até aí tudo bem, pois não existe o prejuízo marcial propriamente dito. Tudo que se treina na nova federação também é treinado na original, mesmo que com métodos um pouco diferenciados. O máximo que pode acontecer com um praticante que se liga a nova entidade é estar burocraticamente irregular em relação a federação internacional, que dirige a arte em todos os países que possui representação. Pode, por exemplo, estar impedido de participar de eventos, como campeonatos mundiais e olimpíadas, caso a federação mundial só reconheça a facção original como representante oficial da arte em seu país. Também pode acontecer de sua graduação não ser reconhecida internacionalmente.
Caso clássico: o Taekwondo é dividido em 2 federações (WTF e ITF)
…..O problema do separatista ocorre quando o “mestre” que se desliga não tem graduação e experiência de treino necessários para encabeçar uma nova entidade, que certamente treinará técnicas segundo sua própria visão. Na verdade, a vaidade em querer gerir seu próprio “estilo” acaba por sendo o maior problema, pois uma vez no comando da entidade, tem o poder de alterar rotinas de treinamentos, formas e técnicas. Pode incluir e excluir do currículo à vontade. Eventualmente se torna o charlatão financeiro, pois deseja superar em vários quesitos a federação original, tida a partir de agora como “concorrência”.
…..É importante considerar que existem convergências entre os tipos e que dificilmente um charlatão se encaixa apenas em um quesito.
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Conselhos para evitar os falsários:
…..O problema mais comum que observo nas artes marciais é que eventuais iniciantes as tratam como um produto de consumo. Você paga por um suposto benefício e espera usufruir imediatamente dele. Isso é um equívoco e perverte o verdadeiro propósito do treino. Claro que pessoa alguma tem o direito de julgar os objetivos e interesses de um colega de treino, que pode ser a mais profunda reflexão existencial até um simples condicionamento físico divertido. Porém, muito se perde na absorção de conhecimentos e modos de se pensar de um sistema possivelmente centenário (ou até mesmo milenar) que muito pode acrescentar na vida do praticante, se este abrir um pouco sua mente.
…..Em todo caso, o primeiro passo para evitar um charlatão é a pesquisa. A internet é uma ferramenta formidável para recolher dados e opiniões, sendo possível fazer uma pré-avaliação da arte que você tem interesse em treinar. Recomendo fortemente tentar não fugir de artes tradicionais que já são amplamente conhecidas e possuem federações que regulamentam seu ensino no país. Artes consideradas mais raras e exóticas geralmente são alvo de picaretas principalmente pela falta de informação geral que se tem delas. Muitas vezes são vistas apenas em filmes e relatos de antigos mestres. Dessa forma, as pessoas não tem uma base de conhecimento próprio podem ser pegas acreditando em tudo que o “mestre” contar.
…..Frequente fóruns de discussão e comunidades de artes marciais. Ao conversar com os membros, identifique-se cordialmente e peça orientações baseadas no que você JÁ pesquisou. Dessa forma, é possível observar a fama de tal arte e seus alunos. É claro que existem praticantes medíocres que discursam besteiras pela internet, por isso é importante buscar informações além dos próprios domínios virtuais da arte. Se você quer saber sobre a arte X, obviamente procurará seu site oficial. Mas é imperativo observar outras fontes de informação que não a deles, atrás de opiniões imparciais e não tendenciosas.
…..Evite artes com excessos místicos e cerimoniais. Elementos religiosos, manipulações energéticas, uniformes coloridos e idolatria ao “mestre”. Tudo isso é fantasioso e torna questionável a legitimidade da arte e do instrutor.
Exageros e alegorias não fazem parte da arte séria.
…..Nem sempre o fato do mestre ser um homem ou mulher oriental (ou descendente) é garantia de ensino de uma arte autêntica, ou que é reconhecido oficialmente para isso. Somente entrando em contato com os representantes oficiais da arte em seu país de origem é que é possível obter uma lista de locais e pessoas autorizadas. E cuidado com mestres supostamente multigraduados. Se tornar apto e autorizado a ensinar uma única arte marcial pode demandar décadas de treinamento.
…..Também evite ao máximo “mestres” que inventam estilos e sistemas de defesa pessoal próprios. Aposte sempre no tradicional e conhecido.
…..O dano causado pelos charlatães pode ser considerável. Em especial, aqueles que “ensinam” defesa pessoal podem acabar por instigando uma pessoa sugestionável a tomar atitudes precipitadas em situações de perigo, como reagir a um assalto. Considerando que mesmo mestres muito treinados e experientes podem falhar nesta situação, o que dirá de pessoas com treinamento e experiência mínimas?
…..Sempre que o elemento financeiro constar, é importante muita atenção. É muito justo que instrutores possam viver do conhecimento que passam a diante e que através dele e de sua paixão pela arte marcial, possa viver dignamente e sustentar sua família. Dessa forma é um pouco difícil calcular uma taxa básica para mensalidade. Varia muito do espaço disponível para treinar, sua estrutura e equipamentos oferecidos, além é claro, da carga de treino semanal oferecida aos alunos. Como valores podem divergir em função da região, do estado e do país, dificilmente vale a pena pagar mais de cem reais mensais, por três sessões semanais de pelo menos uma hora cada. Tenha em mente que o charlatão que está atrás de dinheiro sempre irá apresentar argumentos que enaltecem sua arte para convencê-lo a se juntar a eles. Cuidado com a lavagem cerebral, pois em pouco tempo, pode acabar sendo convertido e se ver defendendo o “mestre” e a arte com unhas de dentes! Esse é um sintoma clássico de alienados doutrinados por charlatães.
Aparência e postura produzem reações. Como discernir?
…..No demais, visite as academias. Não basta ter uma idéia do que é a arte ou ter aquele sentimento de que “sempre quis treinar isso”. Muitas vezes, a expectativa do iniciante é maior do que a realidade da arte. Treinamentos marciais são exaustivos, extenuantes, repetitivos e dolorosos. Principalmente nas artes que possuem luta de contato ou competições de luta. E eles nem sempre se adequam a você, pois é você quem deve se adequar ao treinamento.
…..Conversando com o responsável, é possível se sentir confortável naquele meio ou não. Muitas vezes, a impressão inicial é determinante mas nunca seempolgue, sem fazer a devida pesquisa da arte e das credenciais do instrutor. O fato de ele ensinar o que ensina pode trazer “satisfação” aos alunos, mas sinceramente, aprender de uma pessoa que não tem autorização ou sequer é graduada é um imenso vazio. Você estará apenas “consumindo” e não “vivenciando”.
* As imagens deste artigo são meramente ilustrativas. Com exceção de Mochida Moriji Sensei, nada garante que aqueles que aparecem nelas sejam praticantes autênticos, atores, pessoas fantasiadas ou falsários.
Artigo de Naito Masato, Professor Associado da Universidade de Keio
Ukiyoe: Uma janela para a cultura massificada na antiga Edo
Ukiyoe, gravura japonesa em blocos de madeira, é desenvolvida na era Edo (1603-1867) quando o Japão esteve praticamente fechado ao mundo exterior. Deste os primeiros dias, o governo feudal do Shogunato em Edo (actualmente Tóquio) exerceu duas políticas rígidas: a proibição do Cristianismo e o isolamento do país. O comércio externo e o transporte internacional eram restritos à Coreia, China e Holanda. Uma vez que as influências externas entravam em poucos lugares e portos, a cultura japonesa cresceu num ambiente “hermeticamente fechado”.
Este foi um tempo em que a expressão “ arte pela arte” teve pouco significado no Japão. Até cerca do final do período Edo os artistas faziam sobretudo os seus trabalhos na capital Imperial em Kyoto, onde as tradições culturais permaneciam fortes, se bem que os seus trabalhos tinham a tendência de serem vendidos na crescente metrópole de Edo. Contudo, Edo tinha a sua própria forma artística de que certamente se orgulhava: ukiyoe gravuras em blocos de madeira que de forma exuberante retratavam o quotidiano das pessoas comuns e seus costumes. Este género difundiu-se grandemente na forma de gravuras, ilustrações de livros e pinturas.
A palavra ukiyoe é escrita em três caracteres: 浮(flutuante), 世(mundo) e 絵(imagens). A palavra tornou-se comum na primeira metade do período Edo. Se bem que ukiyo é frequentemente traduzido como “mundo flutuante”, o significado aproxima-se mais de “o mundo num instante de tempo”. E de facto as imagens descreviam aquele tempo.
Ukiyoe foi primeiramente produzido na metade do século XVII e fez furor na metrópole de Edo que crescia de forma rápida. Hishikawa Moronobu (1618-1694) e os seus seguidores foram pioneiros do género e parte das suas obras de arte retrataram mulheres que não pertencendo à alta sociedade eram bonitas, enquanto outros pintavam os actores de kabuki, o dia-a-dia das pessoas e até cenas de novelas populares. A nova forma de arte atraiu imensamente as pessoas comuns. A cultura tradicional da velha capital em Kyoto foi desafiada pelas gravuras recentes que mostravam as cenas da vida moderna, representando a nova consciência social de Edo. Ukiyoe permaneceu durante um longo tempo como um importante género, se bem que estamos mais familiarizados com os trabalhos posteriores, mais elaborados e com imagens de relevo de múltiplas cores, da autoria de grandes artistas que estiveram activos durante e depois da segunda metade do século XVIII. A perspectiva que temos do ukiyoe tende a estar baseada nas obras deles.
Algumas gravuras ukiyoe foram exportadas para fora do país onde suscitaram grande interesse funcionando como uma janela aberta à cultura do misterioso arquipélago do Extremo Oriente. De acordo com um registo antigo, algumas obras do Kitagawa Utamaro (1753-1806) foram exportadas para a China. Algumas gravuras ukiyoe chegaram mesmo até aos Estados Unidos da América, levadas como lembranças por um barco americano que conseguiu chegar a Nagasaki, fingindo ser um navio holandês de modo a iludir a política de isolamento do Shogunato. As referidas gravuras foram identificadas como sendo dessa altura. Outras gravuras ukiyoe fizeram outros percursos fora do país por diferentes canais: o chefe da casa de comércio holandesa pediu a um artista que desenhava no estilo de Katsushika Hokusai (1760-1849) para retratar cenas da vida no Japão e o médico do exército alemão Philipp Franz von Siebold, que chegou ao Japão na mesma altura, solicitou os desenhos e gravuras de trabalhos semelhantes. As gravuras que estes dois homens levaram para a Europa permanecem até hoje na Holanda e França.
Isto indica que os estrangeiros tendem a apreciar ukiyoe não como arte mas como trabalhos que mostram os costumes e o mundo natural do Japão que era longínquo e fechado ao mundo exterior. Levou muitos anos até que as pessoas dos outros países começassem a ver estes trabalhos como verdadeira arte.
O poder do ukiyoe nas correntes artísticas
A Exposição Internacional de Paris de 1867, que teve lugar no último ano do período Edo, foi a primeira feira mundial em que o Japão participou. As exibições japonesas incluíram ukioyoe (gravuras com relevo, ilustrações e livros sobre arte). Tal permitiu que os Europeus pudessem ter contacto com as gravuras japonesas em blocos de madeira o que influenciou alguns movimentos artísticos no Ocidente que surgiram depois.
Alguns ocidentais, incluindo o prestigiado crítico francês e autor de contos, Edmond Louis Antoine de Goncourt, obtiveram exemplares de ukiyoe antes da exposição de Paris de 1867. O que viram foram gravuras relativamente recentes do tempo de Hokusai e Hiroshige. Mas no início de 1880, os primeiros artistas como Utamaro e Torii Kiyonaga (1752-1815) despertaram interesse no Ocidente. Rapidamente houve uma grande procura pelo ukiyoe nas lojas que surgiam em Paris para fornecer os coleccionadores e artistas.
Consecutivamente a moda do ukiyoe percorre a Europa tendo a França permanecido como o centro deste movimento.
Por volta da mesma altura, os impressionistas e os que lhes seguiram os passos começaram a desafiar as ideias artísticas veiculadas pela Académie des beaux-arts. Sob a influência das gravuras japonesas, reproduziram em alguns dos seus trabalhos o estilo de composição do ukiyoe, as cores vivas e traços simples e soltos. Degas, Monet, Van Gogh e Gauguin foram alguns dos artistas que por vezes mostraram afinidade com os antigos mestres de xilogravura no Japão. O exemplo mais óbvio é Van Gogh, que usou tintas de óleo para copiar algumas das gravuras de Hiroshige. Van Gogh era um coleccionador de ukiyoe e, para ele, a ausência de sombras e o carácter bidimensional das imagens de múltiplas cores da xilogravura deu-lhe uma clareza nítida. Tudo indica que de forma equivocada assumiu que tal facto se devia à forte e brilhante luz no Japão, o que o levou a dar importância ao Sul da França acreditando que ali as condições em termos de luz eram semelhantes.
Ukiyoe desenvolveu-se no período Edo tendo o mesmo finalizado numa época em que a Europa e o Japão se encantaram com as diferenças nas suas culturas. As gravuras foram um excelente meio para os Europeus experimentarem esse fascínio. As gravuras ukiyoe fizeram parte de uma sub-cultura e os seu “genes” continuaram numa nova sub-cultura composta pela banda desenhada e manga japonesas atraindo pessoas em todo o mundo hoje. Poderia até já ser algo inevitável nesta transição do antigo para o moderno.
Nas séries, executadas por Hiroshige nos seus últimos anos, é característico o realce na composição da pintura.
Ukioye para além fronteiras
Mesmo antes do ukioye ser produzido, os japoneses apreciavam as imagens que retratavam o quotidiano. Este tipo de arte foi padronizado pela classe aristocrática o que pode explicar a razão pela qual algumas gravuras ukiyoe suscitaram interesse por parte da Família Imperial em Kyoto, por parte dos Shoguns em Edo e dos daimyos (senhores feudais) por todo o país.
Algumas gravuras ukiyoe foram exportadas para fora do país onde suscitaram grande interesse funcionando como uma janela aberta à cultura do misterioso arquipélago do Extremo Oriente. De acordo com um registo antigo, algumas obras do Kitagawa Utamaro (1753-1806) foram exportadas para a China. Algumas gravuras ukiyoe chegaram mesmo até aos Estados Unidos da América, levadas como lembranças por um barco americano que conseguiu chegar a Nagasaki, fingindo ser um navio holandês de modo a iludir a política de isolamento do Shogunato. As referidas gravuras foram identificadas como sendo dessa altura. Outras gravuras ukiyoe fizeram outros percursos fora do país por diferentes canais: o chefe da casa de comércio holandesa pediu a um artista que desenhava no estilo de Katsushika Hokusai (1760-1849) para retratar cenas da vida no Japão e o médico do exército alemão Philipp Franz von Siebold, que chegou ao Japão na mesma altura, solicitou os desenhos e gravuras de trabalhos semelhantes. As gravuras que estes dois homens levaram para a Europa permanecem até hoje na Holanda e França.
Isto indica que os estrangeiros tendem a apreciar ukiyoe não como arte mas como trabalhos que mostram os costumes e o mundo natural do Japão que era longínquo e fechado ao mundo exterior. Levou muitos anos até que as pessoas dos outros países começassem a ver estes trabalhos como verdadeira arte.
O poder do ukiyoe nas correntes artísticas
A Exposição Internacional de Paris de 1867, que teve lugar no último ano do período Edo, foi a primeira feira mundial em que o Japão participou. As exibições japonesas incluíram ukioyoe (gravuras com relevo, ilustrações e livros sobre arte). Tal permitiu que os Europeus pudessem ter contacto com as gravuras japonesas em blocos de madeira o que influenciou alguns movimentos artísticos no Ocidente que surgiram depois.
Alguns ocidentais, incluindo o prestigiado crítico francês e autor de contos, Edmond Louis Antoine de Goncourt, obtiveram exemplares de ukiyoe antes da exposição de Paris de 1867. O que viram foram gravuras relativamente recentes do tempo de Hokusai e Hiroshige. Mas no início de 1880, os primeiros artistas como Utamaro e Torii Kiyonaga (1752-1815) despertaram interesse no Ocidente. Rapidamente houve uma grande procura pelo ukiyoe nas lojas que surgiam em Paris para fornecer os coleccionadores e artistas.
Consecutivamente a moda do ukiyoe percorre a Europa tendo a França permanecido como o centro deste movimento.
Por volta da mesma altura, os impressionistas e os que lhes seguiram os passos começaram a desafiar as ideias artísticas veiculadas pela Académie des beaux-arts. Sob a influência das gravuras japonesas, reproduziram em alguns dos seus trabalhos o estilo de composição do ukiyoe, as cores vivas e traços simples e soltos. Degas, Monet, Van Gogh e Gauguin foram alguns dos artistas que por vezes mostraram afinidade com os antigos mestres de xilogravura no Japão. O exemplo mais óbvio é Van Gogh, que usou tintas de óleo para copiar algumas das gravuras de Hiroshige. Van Gogh era um coleccionador de ukiyoe e, para ele, a ausência de sombras e o carácter bidimensional das imagens de múltiplas cores da xilogravura deu-lhe uma clareza nítida. Tudo indica que de forma equivocada assumiu que tal facto se devia à forte e brilhante luz no Japão, o que o levou a dar importância ao Sul da França acreditando que ali as condições em termos de luz eram semelhantes.
Ukiyoe desenvolveu-se no período Edo tendo o mesmo finalizado numa época em que a Europa e o Japão se encantaram com as diferenças nas suas culturas. As gravuras foram um excelente meio para os Europeus experimentarem esse fascínio. As gravuras ukiyoe fizeram parte de uma sub-cultura e os seu “genes” continuaram numa nova sub-cultura composta pela banda desenhada e manga japonesas atraindo pessoas em todo o mundo hoje. Poderia até já ser algo inevitável nesta transição do antigo para o moderno.
Japonaiserie : Pruniers en fleurs – Vicent Van Gogh
Gravuras japonesas fortemente influenciada Van Gogh. A cópia que fez de Kameido Ume Yashiki de Hiroshige foi pintada a óleo. Mais tarde, em Arles, ele acredita ter encontrado o equivalente perfeito da paisagem japonesa. Ele escreveu que ele não precisa mais de suas gravuras japonesas “porque eu só abro os olhos e nada de pintura que me faz sentir sobre mim”
Vincent copiou “flor de ameixa A” de Hiroshige e abril de 1889 por a imagem de um pomar em Arles, ele vai assumir os contornos pretos de troncos de árvore na tabela de Hiroshige
A mesa é decorada com um quadro pintado de cores vivas e decorado com personagens de caligrafia inspirado por gravuras japonesas, mas estas personagens são fruto da imaginação de Van Gogh. (Fonte: Aflo)
Mikaeri Bijin-zu (“Mulher bonita olhando para trás”), de Hishikawa Moronobu. Moronobu enraizou a impressão xilográfica e também desenhou muitos nikuhitsu ukiyoe (pinturas à mão de estilo ukiyoe) como esta. Um exemplo de uma grande obra de arte. (Tokyo National Musuem; Imagem: TNM Image Archives)
A atriz e pesquisadora Juliana Gurgel ministra o workshop ‘O Ki no Teatro’ no Centro Cultural José Octávio Guizzo, unidade da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS). A oficina de férias acontece até 3 de fevereiro às quartas e sextas-feiras das 13h às 17h. O investimento é de R$ 200. A faixa etária do curso é a partir de 15 anos.
O workshop ‘O Ki no Teatro’ é um desdobramento da pesquisa ‘O Teatro como Budô – O Aikidô em Cena’ em Natal-RN e do treinamento de Aikidô; iniciados em 2002 No ano de 2007 o treinamento de Aikidô foi associado à investigação e embasamento teórico desenvolvido na dissertação de mestrado na Unicamp, em Campinas (SP), seguido de experiências artísticas pontuais em São Paulo. A prática de um teatro como Budô, o Ki do Teatro em treinamento e formação de atores pôde ser experimentado em diferentes situações artísticas e acadêmicas.
A oficina propõe um estudo teórico e prático que associa a arte marcial japonesa Aikidô à técnicas de representação e preparação do ator. Ki – energia em japonês – é um estado almejado em cena a ser potencializado a partir do treinamento e técnicas do performer, em um trabalho indissociável à filosofia dessa arte marcial. O Aikidô é uma arte marcial japonesa, não competitiva, que tem como base filosófica o Bushidô, caminho do guerreiro samurai.
O curso é voltado a interessados nas artes performáticas, teatro e dança. Aos bailarinos vale destacar que o Aikidô, base dessa pesquisa, serviu de norteador ao desenvolvimento da técnica “Contato e Improvisação” por Steve Paxton.
Juliana Gurgel é Mestre em Educação pelo Laboratório de Estudos sobre Arte, Corpo e Educação da UNICAMP. É também especialista em Ensino de Teatro e em “Corpo e Cultura de Movimento” pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Mais informações pelos telefones: (67) 3317-1795 ou 8143 – 3653.
O Centro Cultural José Octávio Guizzo fica na Rua 26 de Agosto, 453, entre as ruas Calógeras e a 14 de Julho.
Arroz, peixe, legumes, algas e soja. Está comprovado pelas pesquisas que essa dieta saborosa e muito simples pode proporcionar uma vida longa e mais saudável. Alimentos ricos em nutrientes são a base da alimentação dos japoneses há centenas de anos, e por esse motivo, o Japão é atualmente um dos países recordistas em expectativa de vida.
Os habitantes do Japão vivem, em média, 81,1 anos (homens 77,6 e mulheres 84,6), segundo o Ministério da Saúde do Japão. E também é um dos países com o maior número de centenários. São 17.934 em uma população de 120 milhões, a maior parte deles em Okinawa, ilha ao Sul do Japão. Em 2020, o Japão será o país com o maior número de idosos no mundo (31% da população), segundo a Organização Mundial de Saúde.
Em Okinawa, o principal fator que contribui para a vida longa é a dieta, que consiste em vegetais, frutas, peixe, frutos do mar, tudo com moderação. Os idosos okinawanos consomem menos da metade dos níveis de sal e açúcar que costumam ser ingeridos no restante do país, comem duas vezes mais peixe e três vezes mais vegetais. Okinawa também é a província do Japão onde mais se consomem algas, tofu (queijo de soja) e nattô (soja fermentada).
Comer menos para viver mais já está enraizado na tradição japonesa, aliando também uma dieta composta basicamente de peixe e frutos do mar, arroz, legumes, verduras, derivados de soja e algas marinhas. Existe até um ditado milenar japonês: “hara hachi bu” (“oito décimos da barriga”), que é uma recomendação para parar de comer quando sentir que faltam 20% para a barriga encher. A comunicação do estômago com o cérebro é demorada, e quando nos sentimos satisfeitos, na verdade, ingerimos 20% a mais do que o necessário.