Interessante artigo de Staley Pronin a cerca dos “dogmas” do aikido. Muito interessante. Em cima do que foi colocado e do que colocou um amigo nosso no seu site em fiz meus comentários baseados também nas informações de mestres que tive conato direto ou particepei em seminarios, Gakku Homma Sensei, Cristian Tissier e outros. Christian Tissier conheci em seminario falou sobre as influencias do aiido nas armas e també tive a oportunidade de estudar com dois ex alunos seus durante algunms anos. Gaku Homma Sensei em suas vindas ao Brasil nos brindou com ótimas conversas no café da manhã no extinto dojo okaeri sobre Saito Sensei e O-Sensei. Ele começa assim:
“Comecei a publicação da Aiki News, em 1974, centrado sobre as traduções de uma série de artigos de jornal japonês a Fundador do Aikido Morihei Ueshiba. A partir deste começo modesto, eu gradualmente veio a perceber que muitas das noções sobre a história do aikido Comecei com correu ao contrário do fato real.
Ao longo dos anos, tenho me esforçado para corrigir o que eu considero como informações errôneas através de editoriais e ensaios publicados em Aikido Journal. Ao invés de oferecer opiniões em situação irregular, tentei claramente minhas fontes de informação e as razões para se chegar a tais conclusões.
Muitos dos erros comuns cometidos pelos historiadores têm sido perpetuados na imprensa por décadas. Infelizmente, eles estão aqui para ficar. Isto é especialmente verdadeiro para obras escritas em línguas ocidentais, que, em quase todos os casos, recorrer a fontes secundárias. Apesar de Aikido Journal tem um público grande construída ao longo de 37 anos de publicação, que não representam o mainstream do pensamento no mundo do aikido em questões históricas.
Abaixo eu listei uma série de pontos de vista muitas vezes repetida sobre questões históricas relativas ao aikido que se encontra com freqüência em publicações mainstream. Ter um olhar cuidadoso sobre estas declarações pretendia ser um fato histórico e ver se você encontrou nenhum deles.”
Vou falar de alguns pontos que achei interessante e pude comentar também.
- O pai de Morihei Ueshiba, Yoroku, era um rico fazendeiro e vereador em Tanabe, Morihei berço. Ele financiou atividades de Morihei quando homem jovem. Além disso, ele emprestou somas grande de dinheiro para as famílias que se juntaram em Tanabe quando Morihei fez sua mudança para o deserto de Hokkaido. Ele também forneceu o financiamento das somas consideráveis pago para Sokaku Takeda para o ensino de Morihei em Daito-ryu jujutsu. Parece ser verdade. É inclusive lógico dado a facilidade maior que o grande mestre teve para se dedicar ao estudo das artes marciais.
- Morihei Ueshiba aprendeu com Sokaku Takeda somente durante um curto tempo. Daito-ryu foi uma das várias antigas artes marciais que influenciaram o aikido. Morihei criou o aikido a partir de diversas origens técnicas, não sendo o Daito-ryu a principal. Aparentemente, falso, principalmente na parte do taijutsu, as técnicas sem armas. Segundo parece toda o sistema de técnicas do aikido deve em muito ao Daito-ryu, fundado por Sokaku Takeda, que chegou a ter M. Ueshiba como aluno. O que O’Sensei fez ao nível técnico foi melhorar e evoluir a antiga arte de Takeda, pelo menos inicialmente. Parece que há uma certa tendência a se diminuir a atenção sobre as artes inspiradoras do aikido, como se fosse uma tendência insinuar que grande parte da arte viesse puramente da inspiração pura de seu fundador, quase como uma inspiração divina. Isto não é nada novo, pois várias artes marciais e sistemas de lutas fazem isso. Exemplos? Em Certa arte marcial brasilian, muito boa por sinal, alguns expoentes alunos e alunos de alunos de seu fundador chegam a dizer uma historia romântica de que ela veio de uma inspiração divina de shidarta Gautama passando por monges e etc sem citar, o que o próprio fundador falava, que ela veio de uma adaptação muito bem feita do judo clássico kodokan, que é diferente do esportivo de hoje com certeza. Principalmente das técnicas de chão. Outra grande sistema de defesa israelence tirou inspiração de algumas outras artes, inclusive aikido, para montagem, ou pelo menos enriquecimento, de sua base técnica. Mas nunca cita isso. Pessoalmente não acho demérito nenhum destes grande mestres fundadores ou alunos fazer uma adaptação, pois montar um sistema técnico de uma arte de forma tão consistente não é para qualquer um. Vem de muitas décadas de conhecimentos e não de seis meses de treino em uma ou outra coisa. Alguns modernos inventam muita coisa mas com resultado sofrível, justamente querendo ser mestre com menos de 10 anos de treino e uma arte e uns estágios rápidos em outras. Outra fonte inspiração grande de O-Sensei que não se admite muito é a Kashima Ryu onde ele possuía o Meikyo Kaiden informam alguns. Mas isso é meio esquecido. Muitos nem acreditam. Um dos grandes mestres que afirma a sua influência no aikido é Tissier Sensei. E em seminários ele já demonstrou as semelhanças e inspirações que esta antiga arte marcial trouxe. Quem já estudou um pouco de boken e estudou alguns movimentos de Kashima percebe semelhanças… Eu tive este privilegio de conhecer algumas coisas de Kashima com quem estudou a arte fora do Brasil, (o Belga Claude Walla é 6o dan de Aikido e estudou Kashima muitos anos tive a oportunidade de estudar um pouco com ele alguns movimentos). Também se vê em algumas entradas de movimentos sem armas bem claramente.
- O filho de Morihei, Kisshomaru, foi preparado para suceder ao seu pai desde a infância. Dificilmente poder-se-á dizer que esta afirmação é verdadeira. Kisshomaru é o terceiro filho varão (de um total de quatro ou cinco filhos, sem certeza) de Morihei. Os outros dois faleceram precocemente, em crianças. E Kisshomaru só iniciou a prática na adolescência, aos 16 anos, o que faz com que existam afirmações de que o seu interesse no aikido em jovem não era muito por aí além. Além disso, é difícil dizer se M. Ueshiba alguma vez planejou sequer uma sucessão deste género, de pai para filho. Enfim, nada aponta para que a afirmação acima seja verdadeira.
- Morihei Ueshiba tomou um papel activo na disseminação do aikido pós-guerra. Também será falso. Os verdadeiros responsáveis pela disseminação do aikido no pós-guerra terão sido Kisshomaru Ueshiba, Koichi Tohei e Gozo Shioda (com publicações de livros, demonstrações e organização técnica e pedagógica). O termo «aikido» foi adotado, burocraticamente, em 1942, ano em que M. Ueshiba se retira para Iwama. Desta data em diante O’Sensei dividia o seu tempo entre Iwama e Tóquio (e outras viagens pelo Japão) pelo que papel activo na disseminação do aikido em nível internacional não teve muito, a não ser um papel de inspiração para os praticantes da época no Hombu Dojo. Inclusive, parece que O’Sensei nem sempre era bem-vindo ao Hombu Dojo, não só pelo seu carácter irascível mas também por ser crítico com a instrução dada na Aikikai. Entretanto lembremos que suas demonstrações tiveram um papel muito importante na popularização da arte. Se Ueshiba não estivesse vivo depois da guerra, sua arte não teria tido o mesmo sucesso. A maioria das pessoas eram atraídas por suas demonstrações públicas. Ele era a figura atraente, mais que seus alunos naqueles tempos. Poderíamos dizer que o aikido mas moderno estilo ou didática mais simplificada desenvolvido no Hombu dojo para ganhar popularidade nas universidades e no mundo realmente difere do que O-Sensei ensinava. Pessoalmente acho que a diferença é mais didática e alguns movimentos foram menos explorados no aikido internacional. Nas conversas que tive com Homma Sensei, que o conheceu e treinou com ele, durante sua pré adolescência, e após com Saito Sensei, existem sim diferenças, mas de abordagem. Alguns dizem dizem que o aikido foi “simplificado” para assimilação ocidental principalmente.